O governo do Maranhão multou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por provocar aglomerações e não usar máscara de proteção em meio à pandemia de Covid durante um evento realizado em Açailândia nesta sexta-feira (21), município localizado a 526 km de São Luís. O valor da multa por infração sanitária será definido após a apresentação da defesa, que tem prazo para ocorrer em até 15 dias.
O governador Flávio Dino (PCdoB) implantou regras em setembro de 2020 para a contenção da pandemia do novo coronavírus no estado, o que inclui distanciamento social e a utilização de máscaras.
A chegada do presidente em Açailândia provocou aglomeração e tumulto. Sem máscara, Bolsonaro cumprimentou apoiadores que ficaram aglomerados em uma grade de proteção, que foi colocada no local. A visita acontece um dia depois de o Maranhão confirmar seis casos da variante indiana (chamada de B.1.617) da Covid no Brasil.
A multa foi aplicada pela Superintendência de Vigilância Sanitária (Suvisa) e afirma que Bolsonaro descumpriu “obrigação de uso de máscara como medida farmacológica destinada a contribuir para a contenção e prevenção da Covid-19 em locais de uso coletivo, ainda que privados”, além de dizer que “promoveu em evento da Presidência da República, aglomerações sem controle sanitário com mais de 100 pessoas”.
Bolsonaro participou da entrega de títulos de propriedade rural na cidade nesta sexta. Foram entregues 287 títulos de propriedade definitiva para famílias que vivem no assentamento do projeto Assaí. Ao todo, em todo o Maranhão, existem 1.117 assentamentos de terra onde vivem 132 mil famílias.
Participaram do evento que provocou aglomeração na cidade os ministros General Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI; Tarcísio Gomes de Freitas, da Infraestrutura; Tereza Cristina, ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Gilson Machado, ministro do turismo; Geraldo Melo, presidente do Incra; Carlos Bolsonaro, vereador do RJ, bem como políticos locais.