Á máxima de utilizar a Justiça para se esquivar das responsabilidades de gestor, parece que se tornará uma assinatura do governo de Rodrigo Rollemberg (PSB). Assim o foi na ocasião em que o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ingressou com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) contra 33 Leis que reajustavam e reestruturaram as carreiras de mais de 100 mil servidores públicos do DF.
Na ocasião o chefe da Casa Civil, Hélio Doyle, foi categórico ao afirmar para a imprensa que era uma decisão da Justiça. E somente após o GDF ver o tamanho do desgaste, começou a se pronunciar o sentido de não exigir a devolução dos recursos que já haviam sido pagos pelo Governo e em seguida de ‘estar do lado’ dos servidores.
Com a condução da greve dos rodoviários, iniciada na segunda-feira (8/Jun), o governo segue o mesmo caminho. A exemplo da publicação (9/Jun) de Blog do Professor Chico, intitulada: “Consequências do governo de “pensadores” de Brasília” reflete bem essa postura:
“Tomé o insensível – A péssima atuação do GDF nas negociações que resultaram na greve de ônibus, é o exemplo da tecnocracia sem resultados. Na verdade, esquece que ônibus é uma concessão pública e o governo tem responsabilidade sim. Lavar as mãos feito Pilatos, escorado em filigrana judicial é crucificar toda a população do DF. Santa insensibilidade.”
À população fica o receio da inércia do Estado e a sensação que o governo desistiu antes mesmo de começar. Que as soluções que o governo tanto afirmava ter nas palmas das mãos durante a campanha eleitoral e o período de transição de governo, na verdade tem se refletido em ‘apagão de gestão’, amadorismo e falta de atitude.
População do DF, bem-vinda ao Reino dos Tecnocratas!