Greve dos Professores: Rollemberg coloca a cabeça de comandante-geral da PM na berlinda?



GDF diz que não, até o momento.

Por Kleber Karpov

A expectativa desta quarta-feira (4/Out) é que governador, Rodrigo Rollemberg (PSB), deve exonerar o comandante-geral da Polícia Militar do DF (PM-DF), o coronel, Florisvaldo Cesar. O caso poderia ser uma forma de ‘limpar a barra’ de Rollemberg após o desgaste, desnecessário, na trapalhada do em relação à agressão por parte do Batalhão de Operações de Polícia Especiais (Bope) e da prisão de professores (28/Out).

O caso repercutiu negativamente no meio sindical, mas, sobretudo no meio político. Parlamentares na Câmara Legislativa do DF (CLDF), incluindo a presidente da Casa, Celina Leão (PDT), condenaram a ação. No Congresso Nacional, senadores e deputados da Bancada Federal do DF cobraram explicações de Rollemberg e querem a realização de uma Audiência Pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos (CDH). Outras entidades, a exemplo da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal também não deixou por menos e repudiou a ação do GDF.

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Nos bastidores do Buriti, após Rollemberg pedir investigação para apurar possíveis falhas na operação do Bope, é que Cesar seja responsabilizado peças ações uma vez que o secretário de Segurança Público e Paz Social (SSP-DF), Arthur Trindade, alega não ter sido informado sobre a ação da PM-DF e chamou de desastrosa o acionamento do Bope para conter os professores, o que resultou em bate-boca entre Trindade e o Coronel.

Nos batalhões da PM-DF, por sua vez, o clima é de insatisfação. Em repúdio a possível exoneração de Cesar ninguém se prontifica a substituí-lo.

GDF não confirma exoneração

Ao Política Distrital ao ser questionado da confirmação da exoneração do comandante-geral da PM-DF, por meio da Assessoria de Comunicação (Ascom), o GDF nega que haja, até o momento, alguma decisão nesse sentido. “Se houver alguma mudança eu te ligo.”, afirma a Ascom.

Opinião

Rollemberg  precisará dar uma resposta política a ação da PM-DF. Resta saber se, mesmo sem ter recebido notificação, o Secretário de Segurança Pública e o próprio governador não tomaram conhecimento da ação em tempo de intervirem em relação a truculência cometida contra os professores. Se souberam e nada fizeram, a máxima preconizada pelo alto escalão da PM ao alertar os praças para que sejam moderados com ações dessa natureza: “a corda arrebenta sempre do lado mais fraco”, pode se confirmar novamente. O jeito é aguardar as cenas do próximo capítulo.



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