Grupo de trabalho monitora morcegos-vampiros em grutas

Parte do Programa de Controle da Raiva dos Herbívoros, atividade busca informações para reforçar a prevenção da enfermidade nos rebanhos do DF



Equipes da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do DF (Seagri) têm feito visitas periódicas a grutas locais. Executada em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), o Centro Universitário de Brasília (Ceub) e o Espeleogrupo de Brasília, a atividade tem como objetivo avaliar a quantidade de morcegos-vampiros da espécie Desmodus rotundus, que se alimenta de sangue e é a principal responsável pela transmissão da raiva dos herbívoros.

Técnico inspeciona gruta: algumas espécies de morcego podem transmitir a raiva | Foto: Divulgação/Seagri

“A contaminação dos rebanhos acontece quando um morcego infectado com o vírus da raiva morde um animal, como um bovino, para se alimentar do sangue”, explica a veterinária Érica Pinto, responsável, na Seagri, pelo Programa de Controle da Raiva e Encefalopatias no DF.

Ação conjunta

Seagri recomenda acionar a Dival no caso de encontrar morcegos mortos, caídos ou voando de dia

Nos últimos anos, a Seagri tem atuado junto aos produtores rurais para manter a raiva em níveis controlados no DF. As equipes levantam informações sobre visualização de mordeduras de morcegos nos rebanhos, datas de vacinação antirrábica, cavernas nas propriedades e animais doentes com sintomas suspeitos, como dificuldades de andar, de se manter em pé e de se alimentar.

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Todos esses dados serão avaliados, em 2024, para verificação das principais áreas de risco, o que permitirá à Seagri aumentar a eficiência das ações de controle da raiva. As próximas etapas preveem ações conjuntas com a Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), da Secretaria de Saúde do DF (SES), para controle populacional dos morcegos Desmodus rotundus, visando à diminuição das mordeduras nos rebanhos e, consequentemente, ao risco de transmissão do vírus.

No DF existem diversas espécies de morcegos, e todos desempenham importantes funções ambientais. A maioria se alimenta de frutos e insetos, não estando contaminados com o vírus da raiva. “O maior cuidado deve ser quando se observam morcegos mortos, caídos, voando de dia ou com outros comportamentos anormais”, alerta Erica Pinto. “Nesse caso, deve-se entrar em contato com a Dival”.

Veja, abaixo, unidades a serem acionadas em caso de ocorrência de morcegos.

→ Núcleo de Sanidade dos Ruminantes: 99284-7803 (WhatsApp)
→ Núcleo Operacional Leste: 3389-3738 (WhatsApp e telefone)
→ Núcleo Operacional Oeste: 3484-3484 (WhatsApp e telefone)
→ Coordenação de Controle da Raiva e Encefalopatias: [email protected].



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