No DF, Secretaria de Saúde contabiliza oito casos, um de H1N1 e quatro de H3N2, porém, sem óbitos
Por Kleber Karpov
Nas últimas semanas, grupos ligados à Saúde Pública do DF, começaram a publicar áudios de alertas sobre o surto do vírus da Gripe H1N1, com casos de mortes de pacientes e até de um médico, em Goiânia, capital de Goiás, situada a 150Km do Distrito Federal. Na semana passada, os alertas se estenderam ao H3N2, uma sub categoria do vírus influenza. No DF, cinco casos foram notificados.
O estado de Goiás contabiliza, até o momento, nove óbitos confirmado, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), atualizados na noite desta segunda-feira (9/Abr). Desses, oito mortes, de sete pacientes e de um médico pediatra, por infecção por H1N1, além outra, proveniente do H3N2.
Questionada por Política Distrital (PD),a chefe de Comunicação Social, Iara Lourenço, confirmou o surto. “Nós estamos lidando com um surto de H1N1. Um médico pediatra faleceu e se confirmou H1N1. E além dele, nós temos outros nove óbitos confirmados, oito deles por H1N1 e um pelo H3N2 que é o influenza. Na verdade, nosso surto aqui é de influenza por H1N1, mas temos outros vírus da Influenza circulando também.”, disse.
Ainda de acordo com Iara Lourenço, o Estado recebeu também uma “ótima notícia, pois nós conseguimos, com o Ministro da Saúde, Gilberto Acchi, por intermédio do ministro das Cidades, Alexandre Baldy, antecipar a vacinação para Goiás. Elas chegam na próxima quarta para que as pessoas comecem a ser imunizadas ainda nesta semana.”, disse Iara Lourenço ao explicar que “no primeiro lote, serão 650 mil vacinas, do total de 1,7 milhões de doses a serem recebidas pelo estado de Goiás.
No DF
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), neste ano, cinco casos também foram confirmados. “Foram registrados, em 2018, um caso de paciente com influenza A H1N1 e 4 casos de influenza A H3. Não há registro de óbitos por vírus respiratório em 2018, no DF.”.
Vacinação
Enquanto em Goiás, a SES-GO tenta antecipar a vacinação, junto ao Ministério da Saúde. No DF, de acordo com a Secretaria, até o momento, deve cumprir o calendário de vacinações. “A Campanha Nacional de Vacinação contra a influenza de 2018 ocorrerá do dia 23 de abril ao dia 01 de junho de 2018, sendo que o Dia de Mobilização Nacional (Dia D) está previsto para o dia 12 de maio. A vacina previne contra os vírus Influenza A, H1N1 e H3N2 e Influenza B.”.
População alvo
De acordo com a SES-DF, nesse ano, “a meta é vacinar 90% de cada um dos grupos prioritários para a vacinação: trabalhadores de saúde, povos indígenas, crianças na faixa etária de seis meses a menores de cinco anos (quatro anos 11 meses e 29 dias), gestantes em qualquer idade gestacional, puérperas (até 45 dias pós-parto), indivíduos com 60 anos ou mais de idade, pessoas portadoras de doenças crônicas e outras categorias de risco clínico, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos que estejam cumprindo medidas socioeducativas e professores das redes pública e privada. A estimativa total é que sejam vacinadas 706.988 pessoas no Distrito Federal.”.
Prevenção
A melhor forma de evitar a gripe é através da vacinação. Além disso, são medidas que evitam a transmissão da gripe e outras doenças respiratórias:
- Frequente lavagem e higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento;
- Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- Manter os ambientes bem ventilados;
- Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
- Evitar sair de casa no período de transmissão da doença;
- Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
- Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
Influenza
A influenza é comumente conhecida como gripe. Trata-se de uma doença viral febril, aguda, geralmente benigna e autolimitada. Frequentemente é caracterizada por início abrupto dos sintomas, que são predominantemente sistêmicos, incluindo febre, calafrios, tremores, dor de cabeça, mialgia e anorexia, assim como sintomas respiratórios com tosse seca, dor de garganta e coriza. A infecção geralmente dura 1 semana e com os sintomas sistêmicos persistindo por alguns dias, sendo a febre o mais importante.
Existem três tipos de vírus influenza: A, B e C. O vírus influenza C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionado com epidemias. Já os vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais. O vírus influenza A é responsável pelas grandes pandemias, entre eles encontramos os subtipos H1N1 e H3N2 circulam atualmente em humanos. Alguns vírus influenza A de origem aviária também podem infectar humanos causando doença grave, como no caso do A (H7N9).
Com informações de Agência Brasil
Atualização: 21h31 para inclusão de novas informações