O grupo Anonymous divulgou um vídeo prometendo ataques cibernéticos. ‘Os franceses são mais fortes do que pensam’, diz o anúncio.
https://www.youtube.com/watch?v=w49NCXhq0YI
O grupo de hackers Anonymous, conhecido por ataques na internet contra organizações e indivíduos controversos, divulgou um vídeo declarando guerra ao Estado Islâmico após os atentados de Paris. “Vocês devem saber que vamos encontrá-los”, diz a gravação em francês.
O anúncio foi feito por um homem usando uma máscara de Guy Fawkes (veja o vídeo acima). Ele avisa que o grupo vai lançar a maior operação já vista. “Esperem ataques cibernéticos massivos. A guerra está declarada. Preparem-se.”
No vídeo, o homem afirma ainda que “os franceses são mais fortes do que vocês pensam e vão sair dessa atrocidade ainda mais fortalecidos”. O grupo apresentou condolências às famílias das vítimas.
O anúncio foi publicado no YouTube no último sábado (14), um dia depois dos ataques que deixaram 129 mortos e mais de 350 feridos em Paris.
O Anonymous é um coletivo que reúne voluntários e ativistas pelo mundo. Segundo a revista “Foreign Policy”, depois dos ataques em Charlie Hebdo, em janeiro deste ano, o grupo conseguiu derrubar 149 sites ligados ao Estado Islâmico. Também divulgou uma lista com mais de 100 mil contas do Twitter relacionadas aos terroristas, além de mais de 5 mil vídeos.
Mais ameaças
Um novo vídeo do Estado Islâmico, divulgado nesta segunda-feira (16), diz que países participam dos bombardeios contra Síria terão o mesmo destino que a França e ameaça Washington, segundo a Reuters. Não foi possível verificar a autenticidade do vídeo imediatamente.
Mais cedo nesta segunda, o primeiro-ministro francês Manuel Valls afirmou que novos atentados são planejados contra a França e outros países europeus. “Sabemos que existem operações que estavam sendo preparadas e estão sendo preparadas contra a França e outros países europeus”, disse o primeiro-ministro em entrevista à rádio “RTL”.
A polícia francesa faz mais de cem operações antiterror no país nesta segunda. Vinte e três pessoas já foram detidas e 104 estão em prisão domiciliar.
Fonte: G1 São Paulo