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22 nov 2024 04:56


Heroínas da saúde enfrentam o coronavírus para salvar vidas no DF

Conheça a história de três profissionais do Hospital Regional de Ceilândia e como elas têm encarado a pandemia

70,72%da força de trabalho da Secretaria de Saúde são mulheres

O Dia Internacional da Mulher é celebrado nesta segunda-feira (8) e, neste ano, chama a atenção para todas as mulheres que são profissionais há um ano trabalhando na linha de frente no combate à pandemia. São milhares de heroínas da saúde que fazem a diferença no dia a dia de pacientes e familiares, salvando vidas e levando esperança de cura e dias melhores.

Renata de Almeida é médica intensivista e chefe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto do Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Ela relata que a rotina em uma UTI é sempre pesada – situação que, em tempos de covid-19, afirma, se intensifica. “É preciso uma sensibilidade extra”, ressalta. “Temos que estudar ainda mais, porque todo dia há atualizações e novos artigos científicos que trazem melhores formas de tratar os pacientes”.

“É preciso uma sensibilidade extra”Renata de Almeida, médica intensivista do HRC

A terapia favorita da médica são os seis cachorros que possui, que a ajudam a lidar com o estresse. Além disso, ela pratica atividade física cinco vezes na semana. Renata trabalha 64 horas semanais e vive com o marido e os pais. Ela sonha em ser mãe, mas avalia que ainda precisa priorizar sua saúde e afazeres domésticos para poder realizar esse projeto de maneira saudável.

Um dia para alegrar

“Nossa rotina não é nada fácil: é cansativa, desgastante, mas não vale focar apenas nisso. Eu costumo falar que juntas somos mais fortes”Dayane Alves de Araújo, copeira

Outra profissional que lida diariamente com os pacientes internados no HRC é a copeira Dayane Alves de Araújo. Entre os desafios de sua função, revela, está o de passar confiança ao paciente, dar o melhor atendimento e auxiliar da melhor forma possível, com responsabilidade e compromisso com o trabalho.

“Tento encarar esses dias de covid como dias difíceis, mas que não são eternos”, pondera. “Não é fácil, mas não podemos desanimar, porque tem pessoas que estão ali dentro esperando por nossa chegada, aguardando nosso bom-dia, boa-tarde, boa-noite, e a gente também, aguardando o sorriso de nos ver chegar – isso é satisfatório.”

A copeira Dayane, do Hospital Regional de Ceilândia: “Deus nos dá sabedoria e nos mantém fortes” | Fotos: Breno Esaki/Agência Saúde

Além da rotina diária do hospital, Dayane divide seu tempo com casa e família. Ela faz o possível para estar presente e dar atenção para a filha. “Tento passar coisas boas e não levar um dia cansativo para casa, até porque as crianças estão sempre ansiosas pela nossa chegada. Agora, tudo mudou. Não tem mais aquele abraço apertado assim que chego, tem aquele processo de separar a roupa, se higienizar, porque todo cuidado é pouco”.

A copeira, no entanto, não esmorece: “Nossa rotina não é nada fácil: é cansativa, desgastante, mas não vale focar apenas nisso. Eu costumo falar que juntas somos mais fortes. A correria é grande, o tempo se torna pouco, mas Deus nos dá sabedoria e nos mantém fortes”.

Homenagem

Em uma data especial, há muitas homenagens àquelas que representam 70,72% da força de trabalho da Secretaria de Saúde (SES). No Hospital Regional do Gama (RG), 400 rosas foram entregues, na manhã desta segunda-feira (8), para lembrar a importância das mulheres na rede de saúde. Além das flores, músicas alegraram o ambiente e levaram conforto a elas e aos pacientes.

No Hospital Regional do Guará, também houve entrega de rosas vermelhas às mulheres guerreiras que atuam diariamente na unidade. Elas foram recebidas com músicas executadas por um saxofonista, participaram de palestra e posaram para fotos após um café da manhã especial.

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