Hospital de Base inaugura aparelho para tratamento de cálculos renais

Com investimento de R$ 3 milhões, equipamento permite tratamentos não invasivos, utilizando ondas de choque para fragmentar as pedras nos rins sem a necessidade de cortes



O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) inaugurou, nesta quinta-feira (21), o equipamento de litotripsia extracorpórea por ondas de choque (Leco), considerado um grande reforço tecnológico para a capacidade assistencial. Esse aparelho possibilita a realização de tratamentos não invasivos para cálculos renais e ureterais, utilizando ondas de choque para fragmentar as pedras nos rins sem a necessidade de cortes.

Estiveram presentes à cerimônia o diretor-presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), Juracy Cavalcante Lacerda Júnior; o deputado federal Fred Linhares; a subsecretária de Atenção Integral à Saúde, Bianca Souza Lima; o superintendente do Hospital de Base, Guilherme Porfírio; e a gerente-geral de Assistência do HBDF, Fernanda Hak.

“Com esse equipamento iremos otimizar o centro cirúrgico, ofertar um tratamento minimamente invasivo, diminuir o tempo de internação e aumentar o número de procedimentos para a população”

Guilherme Porfírio
superintendente do HBDF

De acordo com Juracy Cavalcante, a chegada do equipamento é de extrema importância, principalmente se for considerada a prevalência de cálculos renais na população brasileira. “Segundo dados do Ministério da Saúde, hoje, 30% da população tem prevalência de cálculos renais. Então, é um número gigantesco, esta  é uma máquina que evita que o paciente vá pro centro cirúrgico. Como é um procedimento não invasivo que quebra os cálculos renais, a depender do tamanho do cálculo, ela tem uma efetividade que chega até 75%”, disse.

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Durante a inauguração, o superintendente do HBDF, Guilherme Porfírio, falou sobre como a chegada do aparelho vai ajudar a diminuir a necessidade de realizar procedimentos em pacientes que, oportunamente, teriam de ir para o centro cirúrgico e que, inevitavelmente, ocupariam leitos e recursos mais complexos: “Com esse equipamento, vamos otimizar o centro cirúrgico, ofertar um tratamento minimamente invasivo, diminuir o tempo de internação e aumentar o número de procedimentos para a população”.

Inauguração do equipamento de Leco, adquirido com o apoio de emenda parlamentar no valor de R$ 3 milhões

A aquisição do aparelho de Leco foi possível graças a uma emenda parlamentar do deputado federal Fred Linhares, que destinou R$ 3 milhões ao projeto, segundo Mariana Diniz, gerente de Assessoria de Relações Institucionais do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). “Eu queria agradecer ao deputado Fred Linhares pela importante emenda e a toda a nossa equipe envolvida na execução”, disse Juracy.

“Brasília tem um ganho muito grande com essa tecnologia. Essa máquina vai poder realizar oito procedimentos todos os dias da semana, o que vai ajudar a zerar a demanda reprimida que estava parada ou aguardando uma cirurgia”, disse Fred Linhares.

Durante a inauguração, a subsecretária Bianca Souza Lima falou sobre os desafios que a Secretaria de Saúde do DF tem enfrentado para diminuir a fila de pacientes que necessitam desse procedimento. “A implantação desse equipamento é de grande benefício para o usuário do SUS”, declarou.

Tecnologia a serviço da população do DF e Entorno

O aparelho de Leco é indicado principalmente para cálculos de até 2 centímetros que estejam causando desconforto, dor ou pacientes com contraindicação cirúrgica ou que apresentem riscos de infecção e obstrução urinária. O chefe do serviço de urologia do HBDF, Manuel Fernandes, explica que o método representa uma alternativa menos invasiva em relação a técnicas cirúrgicas tradicionais.

“Ondas de choque de alta energia são geradas fora do corpo e focadas diretamente no cálculo, usando ultrassom ou raios-X para posicionar o aparelho com precisão. Essas ondas atravessam a pele e os tecidos, até atingirem o cálculo, liberando uma energia concentrada capaz de fragmentá-lo em pedaços menores, que serão eliminados naturalmente pela urina”, diz Manuel Fernandes. O procedimento é realizado em ambiente hospitalar, com sedação, e dura entre 30 e 60 minutos.

A unidade de urologia do HBDF conta com uma equipe médica especializada e treinada para a realização da litotripsia extracorpórea. Antes do tratamento, os pacientes passam por uma consulta para avaliar seus exames, explicar o procedimento e agendar o atendimento. Manuel Fernandes explica ainda que o aparelho está passando por uma fase de testes e deve entrar em funcionamento, com a fila dos procedimentos sendo organizada pela Central de Regulação da Secretaria de Saúde, a partir da primeira semana de dezembro.



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FONTEAgência Brasília
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