Hospital de Ceilândia tem aumento de mais de 20% em cirurgias eletivas

Com a chegada de novos profissionais, a unidade ampliou procedimentos nos últimos 30 dias. Número passou de 158 entre maio e junho de 2022 para 190 no mesmo período deste ano



Nomeações realizadas pela Secretaria de Saúde (SES) no início deste ano reforçaram o centro cirúrgico do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) com novos oito anestesistas, três cirurgiões gerais, três ortopedistas, três ginecologistas e três enfermeiros. A medida impactou nos atendimentos da unidade, que ampliou, nos últimos 30 dias, o número de cirurgias eletivas em 20% na comparação com o mesmo período do ano passado.

De 12 de maio a 12 de junho de 2023 foram feitas 190 cirurgias eletivas no HRC. No mesmo intervalo de 2022, os procedimentos totalizaram 158. Os dados são da Gerência de Assistência Cirúrgica (Gacir) do hospital.

“Com a chegada dos profissionais para as unidades cirúrgicas, principalmente os anestesistas, conseguimos aumentar as ofertas de turnos e viabilizar os mutirões”, conta a gerente da Gacir do HRC, Luísa Bernardes. “O impacto já pode ser sentido na diminuição da fila de cirurgias, uma vez que aumentou a oferta de vagas de procedimentos para o HRC”, destaca.

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O Núcleo de Segurança do Paciente e a supervisão de enfermagem do centro cirúrgico apostam em atualizações aos profissionais da área em cirurgia segura para verificação de itens essenciais do processo cirúrgico | Fotos: Divulgação/Agência Saúde

Experiência

Marluce Pereira Gonçalves, 58 anos, precisou passar por um procedimento de remoção do útero e todo o processo ocorreu mais rápido do que ela esperava. “Do primeiro atendimento que tive na UBS [Unidade Básica de Saúde] até realizar a cirurgia aqui no hospital foram menos de dois meses. Fui chamada muito rápido”, detalha.

Paciente Marluce Gonçalves: ‘Fui muito bem acolhida desde as primeiras consultas, nos exames, na cirurgia e na minha recuperação”

A paciente é uma das beneficiadas com a força operacional que o HRC promove para reduzir as filas de procedimentos de cirurgias eletivas, intervenção programada que não é considerada de urgência. Além da satisfação com a rapidez, Marluce faz questão de destacar a qualidade do atendimento. “Fui muito bem acolhida desde as primeiras consultas, nos exames, na cirurgia e na minha recuperação”, relata.

Segurança do paciente

Outro ponto de atenção no hospital é a questão da segurança do paciente durante os procedimentos. Por isso, a equipe do Núcleo de Segurança do Paciente e a supervisão de enfermagem do centro cirúrgico apostam em atualizações aos profissionais da área em cirurgia segura para verificação de itens essenciais do processo cirúrgico.

Nos encontros, os profissionais fazem atualizações sobre medicamentos utilizados em centro cirúrgico, sala de recuperação pós-anestésica, preenchimento do quadro de check list ou time out referente à meta de cirurgia segura estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e montagem do material para monitorização de pressão invasiva, além de dinâmicas de comunicação assertiva.

A supervisora de enfermagem do Centro Cirúrgico do HRC, Shirley Rodrigues, destaca a importância da iniciativa. “Além de reforçar e revisar metas internacionais de segurança do paciente, essas atualizações são de extrema relevância para aprimorar o conhecimento da equipe de maneira coesa na realização da assistência cirúrgica, proporcionando segurança de qualidade no atendimento aos pacientes”, explica.

Ampliação da oferta

2.384Nº de cirurgias eletivas realizadas, entre outubro de 2022 e fevereiro de 2023, por meio de contratos com a rede hospitalar privada

Em adição ao aumento do número de cirurgias realizadas em hospitais da rede pública, a SES também atua para trabalhar na ampliação do atendimento por meio de contratos com a rede privada. Entre outubro e fevereiro, 2.384 procedimentos foram realizados por meio de contratos com a rede hospitalar privada.

O esforço em várias frentes tem sido colocado em prática para enfrentar as listas de espera que cresceram durante a fase mais aguda da pandemia, quando procedimentos eletivos foram cancelados. Agora, somente entre janeiro e março, já foram realizadas mais de 3,4 mil cirurgias eletivas, tanto na rede pública quanto pelos hospitais contratados, quase 25% a mais do que no mesmo período de 2022.

No início deste mês, foi iniciada uma segunda fase, com previsão para realizar 849 cirurgias, também em instituições privadas contratadas. A força-tarefa vai realizar cirurgias de retirada de vesícula, hernioplastia e remoção cirúrgica do útero.

Há a expectativa por novos contratos para realização de 25 mil cirurgias, por meio de aportes de emendas parlamentares e do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas (PNRF). A previsão é contratar procedimentos em outras sete especialidades: oftalmologia, ortopedia, cabeça e pescoço, urologia, proctologia, otorrinolaringologia e vascular.

Durante as forças-tarefas, os hospitais privados realizam consultas pré e pós-operatórias, consulta pré-anestésica, equipamentos, insumos e curativos pós-operatórios; biópsias (para as colecistectomias e histerectomias) e internação pós-operatória por até 48 horas. A SES libera os procedimentos conforme as prioridades médicas e disponibiliza as informações da saúde de cada paciente por meio do sistema TrackCare.



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FONTEAgência Brasília
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