Hospital do Paranoá, no DF, adia cirurgias por falta de trajes médicos



Terceirizada que cuida da caldeira da unidade paralisou serviço no dia 4
Pagamento à empresa foi feito e procedimento normalizado, diz Saúde

Cirurgias agendadas no Hospital Regional do Paranoá, no Distrito Federal, tiveram de ser adiadas no início do mês por falta de trajes limpos e esterilizados para os médicos. A empresa que presta serviço de manutenção nas caldeiras não foi paga em dia e suspendeu a atividade, impedindo o uso da lavanderia. Segundo o governo, a situação já foi resolvida.
A técnica em enfermagem Maria Lima conta que tinha um procedimento na coluna marcado para a última quinta-feira (4), mas teve de esperar um dia a mais por conta do problema.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou ao G1 que o pagamento da empresa terceirizada, que presta serviço para a manutenção de caldeiras, foi feito na semana passada. O órgão disse que o procedimento de lavagem e esterilização de roupas está normalizado nas oito unidades da rede de saúde.

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A cirurgia que Maria precisava fazer é a artrodese, que liga os ossos que perderam cartilagem com parafusos para que o paciente não sinta dor. Ela teve de entrar na Justiça no ano passado para tentar garantir o procedimento, após ser informada que havia 700 pessoas na fila do procedimento.

“Nós que somos trabalhadores da rede de saúde temos que entrar com um processo na Justiça para garantir que uma cirurgia, que é direito nosso, seja feita”, disse Maria Lima, técnica em enfermagem.

A cirurgia foi autorizada pela Justiça no mês passado e seria feita na última quinta (4). Sem roupas limpas para cirurgiões, enfermeiros e anestesistas, a paciente precisou aguardar mais um dia e repetir a rotina do pré-operatório.

“Eu fiquei desesperada porque estava esperando pela cirurgia há muito tempo. No dia seguinte eles me chamaram e fizeram o procedimento”. A paciente recebeu alta na manhã desta terça (9) e está se recuperando da colocação dos parafusos. Segundo a Secretaria de Saúde, ela receberá acompanhamento pós-cirúrgico normalmente.

Emergência
No dia 29 de julho, o GDF decretou pela terceira vez seguida estado de emergência na saúde, válido até janeiro de 2017, em razão da situação precária em que se encontram os hospitais públicos. A medida permite que sejam comprados medicamentos sem licitação, chamar candidatos aprovados nos últimos concursos e pagar horas extras.

Entre os exemplos que ilustram a situação dos hospitais está o dia em que um cano estourou no centro de esterilização de materiais do Hospital de Base na segunda-feira (8). No dia, a água se espalhou por todo o corredor.

Parte dos equipamentos de esterilização estava quebrada desde março de 2015. De acordo com a secretaria, a manutenção não foi feita por causa de contratos que estavam vencidos. A pasta afirma que dois deles foram renovados e alguns equipamentos já voltaram a funcionar.

A pediatria do Hospital Regional do Gama também não tem realizado atendimentos por falta de médicos e está fechada há uma semana. No Hospital Regional do Guará, não há nenhum clínico geral na emergência. A secretaria nega a informação.

Fonte: G1



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