Hospital Regional da Asa Norte: Mas o tomógrafo não estava quebrado?



Com tomógrafo quebrado, HRAN deixa paciente e familiares à mercê da disponibilidade de médico para acompanhar ambulância para HBDF. Sem êxito, após família conseguir ambulância UTI Vida e ter negado remoção, tomografia foi realizada no próprio Hospital. Mas não estava quebrada?

Por Kleber Karpov

No sábado (4/Jun), Política Distrital foi acionado por um parente de um Luciano Lins de Ferreira, internado no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), desde o dia 1º desse mês. O paciente precisava ser transportado para o Hospital de Base do DF (HBDF) para fazer uma tomografia. Após o Blog apurar com a Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), Ferreira passou pelo procedimento, no próprio HRAN. Mas não estava quebrado?

Ao acompanhar a evolução do caso ao longo deste domingo, o parente, que pede para não ser identificado, informou que havia suspeita de o paciente estar com quadro de meningite ou de Acidente Vascular Cerebral (AVC).

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Na sexta-feira (3/Jun) a família pediu um Relatório Médico aos profissionais que atendiam o paciente após ser comunicada que não havia um médico que pudesse acompanhar o paciente até o HBDF para fazer a tomografia. Desesperados e sem muitas alternativas, chegaram a conseguir uma ambulância UTI Vida, mas o hospital se negou a permitir a remoção. “Conseguimos uma ambulância UTI vida, mas não aceitaram porque o médico tinha que ser do hospital [HRAN].”, afirmou o parente.

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Secretaria de Saúde

Ainda no sábado, ao solicitar informações sobre o caso, a Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), por meio da Assessoria de Comunicação (Ascom) mencionou que o paciente permanecia interno no Box de emergência do HRAN, no setor de radiologia e que não precisaria ser transferido para outro local para fazer o exame. De fato, no domingo, a tomografia foi realizada.

“A Secretaria de Saúde informa que o paciente L.L.F. permanece internado no box de emergência do Hospital Regional da Asa Norte, e encontra-se, neste momento, no setor de radiologia do hospital para a realização de uma tomografia. Desta forma, o paciente não precisará ser transferido para outro local para fazer o exame.”.

Mas o aparelho não estava quebrado?

O caso, no entanto, cama atenção, o hospital ter deixado a família passar pelo desespero de saber que o parente, em estado grave, sem passar pelo procedimento, uma vez que houve indicação de remover o paciente para outro hospital, sob argumento que o tomógrafo do HRAN estava em manutenção e, após frustrado a tentativa e esgotado a paciência dos familiares, o fizeram na própria unidade.

Mais um desafio

Superado o desafio da realização da tomografia e descartado possíveis diagnósticos de AVC e meningite, paciente e familiares começam a enfrentar uma próxima etapa de angústia. Ferreira deverá ser transferido de um leito semi-intensivo para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), também em falta em todas as unidades de saúde do DF.

No entanto, aos 41 anos, Ferreira, pode ter uma pequena vantagem em relação a outros usuários internados que aguardam um leito de UTI no Sistema Único de Saúde do DF (SUS-DF). Nesse caso, a faixa etária pode garantir prioridade de acesso do paciente à UTI em relação, por exemplo, a pessoas idosas. Isso é o que estabelece o Política Nacional de Regulação do SUS, instituída pelo Ministério da Saúde, que define critérios de priorização para internamento em atendimento de pessoas com mais chances e tempo expectativa de vida.



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