Por Jurana Lopes
Somente no mês de fevereiro, o Hospital Regional de Santa Maria notificou um total de 948 casos suspeitos para a dengue. O número é bem maior que registrado em janeiro, quando foram notificados 596 casos suspeitos da doença. Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e compilados mensalmente pela Vigilância Epidemiológica do HRSM.
Do total de notificações, a grande maioria foi oriunda dos prontos-socorros, sendo 428 do PS infantil, 289 do PS adulto e 64 do PS obstétrico. Além de notificações em outros setores de internação como, Clínica Médica, Pediatria, Maternidade e Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto.
“A expectativa do pico dos casos de dengue é a partir da segunda quinzena deste mês. É esperado um número bem maior de notificações de casos de dengue no fim de março e em abril. Por isso, é importante que toda a população continue tomando as devidas precauções para evitar a proliferação do Aedes aegypti”, explica a chefe de Núcleo da Vigilância Epidemiológica do HRSM, Larysse Lima.
Região Sul
Segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-DF), nas semanas epidemiológicas (SE) de início de 01 a 08 de 2024, foram notificados 9.046 casos de provável dengue na Região de Saúde Sul, dos quais, 3.565 são de residentes do Gama e 5.481 são moradores de Santa Maria.
Neste mesmo período, em 2024, houve a confirmação de 171 casos de dengue com sinais de alarme e 20 casos de dengue grave. Destes, dois óbitos foram confirmados, sendo um em Santa Maria e um no Gama e mais nove investigações na região. Comparado com as mesmas semanas de 2023, houve aumento no número de casos de 8.885,2% em Santa Maria e de 3.465% no Gama. Na Região Sul houve aumento de 5.518,6%.
Prevenção
O infectologista do HRSM, Daniel Pompetti, ressalta que o combate à dengue depende de cada um, começando pela prevenção dentro de casa. “O mosquito da dengue age principalmente, durante a manhã e no fim da tarde. A melhor forma de combater o Aedes aegypti é eliminar água armazenada que pode se tornar criadouro. A responsabilidade na prevenção da dengue é nossa”, destaca.
O médico orienta que todos mantenham sacos de lixo bem fechados, lixeiras tampadas, verificar se a caixa d’água está coberta, colocar areia no prato das plantas e não deixar tampas de garrafas pets ou qualquer outra coisa que possa acumular água.
“Repelentes também podem ser usados, especificamente aqueles que contém Icaridina com uma concentração de pelo menos 20%. E no caso de suspeita de dengue é necessário procurar uma unidade de saúde e evitar a automedicação”, conclui.