Ildeci Souza e Silva, 55 anos, foi diagnosticada, em 2012, com endometriose e vinha fazendo acompanhamento ginecológico no Ambulatório do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Há dois anos, veio a indicação de cirurgia. Desde então, Ildeci fez os exames pré-operatórios quatro vezes, tendo a cirurgia cancelada ou remarcada.
“Há três meses, fiz a consulta e repeti o exame de risco cirúrgico. Na terça-feira (17) desta semana, fui chamada para fazer a cirurgia”, relatou a paciente, operada na noite desta quinta-feira (19).
Ildeci foi uma das três mulheres chamadas pela força-tarefa de cirurgias ginecológicas do HRT e operadas ontem. Todas as quintas-feiras, à noite, uma equipe de ginecologistas tem uma sala reservada para essas intervenções. O objetivo é atender às mulheres que estão aguardando na fila há mais tempo.
Os profissionais identificaram 547 pacientes aguardando por algum procedimento ginecológico. Destas, 59 são consideradas de urgência, com classificação A1. Este é o critério utilizado pela equipe médica para chamar as pacientes.
“Diante das grandes filas de cirurgia ginecológica em espera, com poucos dias cirúrgicos voltados para elas e com volume importante de pacientes classificadas como prioridade cirúrgica, demos início agora à força-tarefa para melhorar a condição de vida dessas mulheres”, destacou a médica ginecologista Raquel Meirelles Gaspar Coelho Guimarães.
Entre as cirurgias realizadas estão as histeroscopias de pequeno e médio porte, como pólipos e miomas no útero. Mas a maioria dos procedimentos é de grande porte. “As pacientes da região geralmente possuem um quadro clínico arrastado e quando chegam para operar já estão com os úteros, cistos ou miomas enormes, o que aumenta a complexidade cirúrgica”, complementa a médica.
A cirurgia de Ildeci foi bem-sucedida e, na manhã desta sexta-feira (20), a dieta já estava liberada e a paciente aguardava a visita do médico na expectativa de receber alta.
Força-tarefa
As cirurgias ginecológicas são procedimentos que acontecem para além da demanda semanal de operações da especialidade. Os profissionais fazem turno extra para atender a esta demanda, visando a melhorar a saúde e a qualidade de vida das mulheres.
Fonte: Agência Saúde DF