Com infraestrutura precária, falta de profissionais, aparelhos e medicamentos, Hospital de Brazlândia passa por grave crise.
Falta de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, vigilantes, antibióticos, Raio-X e até de ambulância. Esse é o retrato do Hospital Regional de Brazlândia (HRBz) hoje. Em visita à unidade na manhã desta quinta-feira (20), o presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), Gutemberg Fialho, e o vice, Carlos Fernando, conversaram com servidores e funcionários, que asseguraram: “já passamos do limite do estresse há muito tempo”.
Ainda no memorando, a coordenação de ginecologia do HRBz ressaltou: “a escala de serviço está praticamente inviabilizada, sendo que, dificilmente, fecharemos esta escala sem deixar falhas que possam causar o fechamento no atendimento urgência/emergência em alguns dias, gerando prejuízos graves na atenção à saúde da população desta comunidade, suprida por esta regional”.
Na última quarta-feira (19), lembraram os servidores, devido à ausência de vigilantes no hospital, o que expõe pacientes e profissionais a risco, duas pessoas brigaram enquanto aguardavam atendimento. “A Polícia Militar alega que não tem efetivo suficiente para ficar no hospital. Então, só podem passar aqui como ronda mesmo”, relatou um médico.
Das quatro ambulâncias disponíveis para o hospital, apenas duas funcionam. O aparelho de Raio-X está quebrado há mais de um mês. Não há fitas para diálise peritoneal. Em alguns casos, disseram também, o déficit de profissionais chega a tal ponto que os pacientes aguardam um mês para conseguir um parecer médico. “Estou há 15 anos na Secretaria de Saúde e nunca imaginei que fosse viver dias assim”, desabafou um servidor.
Na avaliação do presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, a situação, que sempre se repete, é exaustiva para todos: profissionais e pacientes. “Não há condições sequer de fazer um Raio-X de tórax, caso haja suspeita de pneumonia. Os profissionais se desdobram e, mesmo assim, é quase impossível atender à população. Ninguém aguenta mais. E, agora, não há nem vigilantes para garantir a segurança. É o caos do caos. A Secretaria de Saúde tem que tomar providências com urgência”, disse.
Fonte: SindMédico-DF