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22 nov 2024 00:49


HRSM homenageia equipe que atuou no combate à pandemia

Mais de 90 profissionais da Unidade de Retaguarda receberam certificados pela dedicação ao longo de cinco meses

A Supervisão de Enfermagem do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) prestou homenagem, nesta sexta-feira (5), a mais de 90 profissionais que atuaram na Unidade de Retaguarda Covid-19, no período de junho a outubro de 2020. No auditório do hospital, a equipe — formada por enfermeiros, técnicos de enfermagem, técnicos e auxiliares administrativos — relembrou momentos do trabalho, por meio de vídeos, e recebeu certificados de honra ao mérito.

A Unidade de Retaguarda Covid-19 funcionou nos meses de pico da pandemia do coronavírus. A ala tinha 45 leitos equipados com suporte de oxigênio para quem saía da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e do Pronto-Socorro Covid, mas ainda precisava de um tempo para se recuperar. “Nesses leitos, era possível dar continuidade ao tratamento, cumprindo a exigência do Ministério da Saúde de que o paciente ficasse mais 72 horas no hospital, depois de sair da UTI”, explicou a supervisora de Enfermagem do HRSM, Raquel Ferreira.

Para Raquel, a homenagem é uma maneira de honrar profissionais que deram seu melhor, mesmo sentindo medo de adoecer e de transmitir a Covid-19 para os familiares. “Era uma doença desconhecida, mas eles tiveram coragem e fizeram um excelente trabalho”, elogiou. “Muitas vidas foram salvas graças à dedicação deles.”

A técnica de enfermagem Maria Reginalda de Matos, 43 anos, trabalhou como temporária enquanto a Unidade de Retaguarda Covid estava montada no HRSM. Para ela, foi um período difícil, mas também de grande satisfação profissional. “Nós sofremos com os pacientes, mas também nos sentimos úteis por ajudar”, comentou.

Convivência com pacientes deixou Maria Reginalda emocionada | Foto: Divulgação/Iges-DF

Maria Reginalda ficou emocionada ao se lembrar de uma das histórias vividas no Hospital de Santa Maria, com um casal de idosos internados juntos. Uma semana depois da internação, a esposa veio a óbito. “O marido começou a apresentar um quadro depressivo”, lembra. A equipe fez de tudo para ajudar o paciente a se reerguer. “Após um mês internado, ele recebeu alta, e os netos vieram buscá-lo com faixas, flores e balões, ao som das palmas de todos. Jamais me esquecerei desse momento.”

Paula Gonçalves, 31 anos, também é técnica de enfermagem e esteve entre os homenageados de hoje. “Tenho muito orgulho de ter feito parte dessa equipe maravilhosa”, disse. “Mesmo sendo uma doença nova, em nenhum momento estivemos sem orientação. Tudo estava sendo muito bem coordenado”, finalizou.

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