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Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) utilizou hoje (1º) pela primeira vez, num processo de seleção de candidatos a médicos plantonistas, equipamentos que simulam situações reais vividas no setor de emergência de unidades de saúde. O teste foi realizado no Centro de
Simulação Realística do HRSM a partir de parceria com o Centro de Inovação, Ensino e Pesquisa (Ciep) do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF).
Para reproduzir uma situação real, foi usado um boneco de um homem adulto. O boneco emite sons e gestos de uma pessoa que chega à Emergência em estado crítico. O desempenho do candidato para salvá-lo é avaliado pelos instrutores, entre eles a médica Jule Santos, supervisora da Residência de Medicina de Emergência do Hospital de Santa Maria.
Mas antes de começar o “socorro emergencial”, os candidatos recebem todas as informações sobre o quadro de saúde do paciente fictício e as instruções sobre os procedimentos a serem realizados. Iniciado o teste, cada candidato tem 10 minutos para estabilizar o paciente, no caso, o boneco.
Em uma cabine, a supervisora acompanhou a atuação dos candidatos. “Durante a prova prática, eu observo se o profissional tem ideia de qual é o procedimento correto e de quais são as medicações necessárias e se ele reconhece quando um paciente está entrando em parada cardiorrespiratória”, explica Jule.
A ideia, segundo a profissional, é proporcionar um ambiente mais realístico e fora de perigo. “É muito interessante essa análise dentro de um ambiente controlado, em que não se coloca a vida de pacientes em risco”, aponta.
Cenário próximo da realidade
O médico plantonista da Clínica Médica atende pacientes de maior gravidade em boxes ou salas vermelhas localizados no pronto-socorro ou nas enfermarias. “Logo, a importância de uma seleção criteriosa desse colaborador”, justifica o superintendente do HRSM, Willy Pereira da Silva Filho. Com essa simulação mais próxima da realidade, o Iges-DF garante uma seleção rigorosa. “Nos permite contratar médicos com mais experiência para o cargo, contribuindo para uma melhor assistência ao paciente.”
Treinamentos contínuos
Desde a inauguração do Centro de Simulação Realística, em maio de 2020, o Ciep organiza treinamentos para colaboradores das diferentes unidades do Iges-DF. Na pandemia, por exemplo, a supervisora da Residência de Medicina de Emergência, Jule Santos, dedicou-se a capacitar profissionais de saúde para tratar pacientes com comprometimento respiratório. “Recebemos muitas pessoas para contrato temporário e que tinham acabado de se formar. Por isso, iniciamos uma série de cursos para habilitá-los à realidade da covid-19.”
Esta foi a primeira vez, porém, que o espaço foi utilizado para um processo seletivo. “É um projeto piloto que, com certeza, vai se estender para avaliação em outras áreas”, prevê a coordenadora de Monitoramento, Ensino e Pesquisa do Ciep, Paloma Marias.
Dentro da sala, o candidato recebe o auxílio de um técnico de enfermagem, de um enfermeiro e de uma interna (estudante de medicina), disponibilizados pelo Ciep. “Toda a nossa equipe é capacitada e paramentada corretamente para atuar no Centro de Simulação”, explica o gerente da Gestão do Conhecimento do Ciep, Artur Fonseca.
“Esse recurso moderno traz um impacto extremamente positivo na rede de saúde e permite o aperfeiçoamento por meio de uma dinâmica didático-pedagógica mais próxima da realidade a ser vivida por esses profissionais”, ressalta o superintendente de Inovação, Ensino e Pesquisa, Denilson Campello.
Processo seletivo para a Emergência
Ao todo, 144 médicos clínicos inscreveram-se no processo seletivo para vagas nos boxes de emergência. Desses, 94 foram selecionados na etapa curricular. Além da prova prática, os profissionais participaram de uma entrevista individual conduzida pelos colaboradores Guilherme Porfírio, gerente de Medicina Interna; Luciana Ribas, analista de Gestão de Pessoas, e Mariele Matias, gerente de Emergência. Na conversa a equipe avaliou a disponibilidade de carga horária e as experiências dos candidatos.
“Por ser um hospital de alta complexidade, a unidade de Santa Maria necessita de um profissional resolutivo, disponível e proativo”, afirma Porfírio. As vagas serão preenchidas de acordo com a disponibilidade de horas de cada profissional. “Vamos contratar até suprir a demanda de 500 horas ofertadas”, completa.
A avaliação segue até esta quinta-feira (4) e, no fim da próxima semana, será divulgada a classificação de cada candidato, tanto na parte teórica quanto na prática, no
site oficial do Iges-DF, do
www.vagas.com.br e por e-mail.