HUB recruta profissionais de saúde para estudo sobre vacinas

Pesquisa nacional coordenada pelo HUB testa na vida real segurança e efetividade dos imunizantes contra Covid-19. Para participar, basta preencher um formulário eletrônico até 31 de março.



Como funcionam as vacinas contra Covid-19 na vida real, fora do ambiente controlado dos ensaios clínicos? Quanto tempo dura a proteção dos imunizantes nas pessoas que estão mais expostas ao vírus no dia a dia? Essas são algumas das perguntas que serão respondidas pela pesquisa nacional realizada em oito centros do país e coordenada pelo Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh/MEC).

Profissionais de saúde de níveis técnico e superior, que atuam em hospitais públicos e privados ou em unidades básicas de saúde do Distrito Federal, já podem se inscrever como voluntários no estudo. Para participar, basta preencher este formulário eletrônico até 31 de março.

Confirmada a inclusão na pesquisa, a equipe entrará em contato para agendar o primeiro atendimento no HUB, quando haverá preenchimento do termo de consentimento livre e esclarecido, entrevista para obtenção de dados e coleta de sangue para exames laboratoriais, que dosarão os níveis dos anticorpos neutralizantes contra o SARS-CoV-2.

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De acordo com a gerente de Ensino e Pesquisa do HUB, Dayde Lane Mendonça, o estudo é considerado um dos maiores projetos de pesquisa liderados pelo HUB. “O estudo conseguirá traçar um panorama da proteção das vacinas contra a Covid-19 em profissionais de saúde no Brasil, já que conta com voluntários em sete estados brasileiros e o Distrito Federal, em quatro regiões do país, além de poder mostrar os efeitos das doses de reforço nos níveis de anticorpos neutralizantes contra o SarsCoV-2”, explica.

Financiado pelo Ministério da Saúde, o estudo deve receber R$ 13 milhões de forma parcelada para custeio de insumos e contratação de profissionais especializados. No HUB, a equipe que conduz o projeto é multiprofissional, formada por 22 pessoas, entre farmacêuticos, enfermeiros, fisioterapeutas, epidemiologistas, farmacologista, nutricionista, biomédico, biológo, administrador, médico, técnico de enfermagem, professores e estudantes. No país todo, são mais de 100 profissionais envolvidos no projeto.

A enfermeira da UTI Adulto do HUB, Márcia Seibert Campara, que já atuava como integrante da pesquisa sobre a CoronaVac, agora participa como voluntária nesse outro estudo. “Sei da importância de colaborar com os pesquisadores e agora estou do outro lado, me colocando à disposição para contribuir com a ciência, pois foi isso que fez as mortes diminuírem”, afirma. A fisioterapeuta Virgília Breder, que também é voluntária, concorda. “A gente ajuda a pesquisa e a pesquisa nos ajuda, pois é o apoio à ciência que vai ajudar a superar a pandemia”, diz ela.

Sobre a pesquisa

A SevaCov-Pro é um estudo de fase quatro, que testa na vida real como funcionam os imunizantes aplicados em profissionais de saúde, avaliando segurança (desenvolvimento de reação adversa à vacina), efetividade (existência de diagnóstico da doença pós-vacinação e gravidade), imunogenicidade (resposta imunológica) e vigilância genômica (monitoramento de variantes do novo coronavírus). Os primeiros resultados devem ser obtidos a partir de abril.

O recrutamento de voluntários começou no final de setembro de 2021, exclusivamente para colaboradores que atuavam nos centros de pesquisa, com cadastro de 2,7 mil pessoas, sendo 500 apenas no HUB. Agora, o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) e a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep/MS) autorizaram a participação de profissionais de saúde que atuam na linha de frente de outros serviços do Distrito Federal. A expectativa é alcançar 10 mil voluntários em todo o Brasil.

Centros de pesquisa participantes (os seis primeiros integram a Rede Ebserh/MEC)

1. Hospital Universitário de Brasília da Universidade de Brasília (HUB-UnB)
2. Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS)
3. Hospital de Ensino da Universidade Federal de Pelotas (HU-UFPel)
4. Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian da Universidade de Mato Grosso do Sul (HUMAP-UFMS)
5. Hospital das Clínicas da Universidade de Minas Gerais (HC-UFMG)
6. Hospital Universitário Antônio Cassiano Moraes da Universidade Federal do Espírito Santo (HUCAM-UFES)
7. Complexo hospitalar da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (HUPE e PPC)
8. Instituto Nacional de Cardiologia (INC)



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FONTEGOV.BR
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