Por Kleber Karpov
Ao sancionar a Lei nº 7.572/2024 (8/Nov), que autoriza a contratação de 800 agentes de saúde, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB) anunciou as nomeações desses profissionais para até o fim de novembro. Rocha comentou o esforço do governo em garantir o acesso à Saúde à população do DF e também aproveitou o momento para criticar a falta de valorização dos servidores do GDF, por gestões esquerdistas, em contraponto a denúncia realizada pelo deputado distrital Gabriel Magno (PT) ao Tribunal de Contas do DF (TCDF) sobre o reajuste dos planos de Saúde.
Rocha lembrou o esforço da Secretaria de Estado de Economia do DF, em realizar o ajuste orçamentário para viabilizar as contratações dos 400 Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (AVASs) e 400 Agentes Comunitários de Saúde (ACSs). O chefe do Executivo, apontou a necessidade de realizar uma gestão com responsabilidade dado as diversas demandas de recursos humanos do GDF a exemplo da nomeação recente de mais de 1.000 policiais.
“O esforço que a Secretaria de Economia fez para que a gente pudesse ajustar o orçamento para poder fazer essas contratações. Então, a gente tem que agradecer muito esse trabalho, a gente tem feito isso com muita responsabilidade Então, as nomeações têm acontecido, só essa semana foram mais de mil policiais.”, disse Rocha.
Nomeações dos ACS e AVAS
Rocha comunicou a reunião realizada dois dias antes, com a secretária da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), Lucilene Florêncio, para definir as nomeações dos ACS e AVAS, ainda para esse mês.
“Eu pedi a Lucilene, tive reunião com ela anteontem e pedi a Lucilene que até o final desse mês a gente já tenha o ato aqui de nomeação de todos vocês para que já possam entrar em efetivo exercício já no início de dezembro. Então, é agilizar isso aí, Secretaria, Secretaria de Economia, para que ainda esse mês a gente possa ter o ato aqui da nomeação de todos vocês, porque isso é um dever nosso com a nossa população do Distrito Federal, Celina.”, disse Rocha.
O governador lembrou a importância dos ACS e AVAS para que o DF tenha uma redução drástica, dos casos de dengue no DF, algo que o chefe do Executivo classificou de “um trabalho de formiguinha”, que corre em cada lar da população do DF.
“A gente tem que dar atenção, nós tivemos um problema muito sério no ano passado, uma dengue que foi atípica, que levou muitas pessoas aos hospitais da nossa cidade, as nossas unidades básicas de saúde, e temos que incrementar essa carreira, porque é a carreira que vai para dentro da casa das pessoas, da toda orientação. É um trabalho de formiguinha, visitando as famílias, cuidando das crianças, e a gente sabe a importância de cuidar das crianças e das famílias aqui no Distrito Federal.”, disse Rocha.
Ação preventiva
O governador apontou ainda iniciativas inéditas aplicadas pela Saúde Pública, a exemplo do uso de armadilhas para reduzir a ação do aedes aegypti, além das ações integradas com os diversos órgãos do GDF, para reduzir o foco das cepas do mosquito transmissor da dengue. Ações essas que iniciaram de forma preventiva, ainda no mês de julho.
“E a gente vem fazendo isso já, e foi muito bom, Celina estava me lembrando, esse ano nós começamos todas as campanhas e todo o trabalho contra a dengue ainda no mês de julho. Então nós estamos trabalhando desde lá com armadilhas, com tecnologia, com tudo que é necessário, coleta de lixo, limpeza de terrenos baldios. Então a gente vem fazendo isso, Jorge, para que a gente tenha esse ano um número menor de casos de incidência de dengue na nossa cidades, aliviando a nossa saúde pública, porque nós passamos um período de pandemia que fez acumular muitos casos, principalmente doenças de cirurgias eletivas.” esclareceu Rocha.
Cirurgias eletivas
Rocha também fez questão de ressaltar o desafio do governo em reduzir eventuais demandas na saúde pública, a exemplo das realizações de cirurgias eletivas. O chefe do Executivo, consciente que o DF ainda sofre impactos de três anos da pandemia do coronavírus, alinhou com Lucilene Florêncio, a realização de um novo mutirão de cirurgias.
“Eu já pedi a Lucilene para a gente providenciar um novo mutirão de cirurgias, junto com a rede privada, agora para o final do ano, início de 2025, para que a gente possa também diminuir essa fila o máximo possível.”, disse Rocha.
Irresponsabilidade
O chefe do Executivo aproveitou o momento para criticar o que classificou de “irresponsabilidade”, a denúncia realizada pelo deputado distrital, Gabriel Magno (PT), ao TCDF, em relação ao reajuste do plano de saúde dos servidores públicos do DF.
“Ontem eu vi uma matéria que teve um deputado que só pode ser irresponsável, que é o Gabriel Magno, o nome dele, que entrou com uma representação no Tribunal de Contas por conta do reajuste do plano de saúde. Nós conseguimos dar o menor reajuste possível. E nós ainda aumentamos, e isso não está sendo dito, de 1,5% para 2% da folha de pagamento, com a nossa contribuição do Distrito Federal, para poder ajudar vocês, servidores da nossa cidade.”, disparou Rocha.
Gestões petistas
Rocha lembrou ainda a inércia durante as gestões dos ex-governadores, Cristovam Buarque (ex-PT, atual Cidadania)(1995-1999) e Agnelo Queiroz (PT)(2011-2015), no que tange a valorização dos servidores públicos do GDF, além de deixar dívidas, a exemplo da terceira parcela dos reajustes dos servidores públicos.
“Passaram uma vida toda no governo, esse PT esteve no governo daqui, desde a época do Cristóvão Buarque, e nunca fizeram nada pelos servidores do Distrito Federal. Não tiveram a coragem que nós tivemos de enfrentar os problemas, de resolver os problemas e de dar melhor condição de trabalho para todos vocês que prestam serviço para a nossa comunidade. Então eu quero dizer que nós vamos continuar ao lado de vocês, nós acreditamos no serviço público, eu falo isso com muito carinho, porque eu fui advogado de servidor público durante 25 anos, então eu falo com conhecimento, eu sei do que eu trato. Não são esses irresponsáveis que passaram uma vida governando, tiveram Cristóvão, que era do PT, tiveram Agnello, que era do PT, e não fizeram nada a não deixar dívida com todos vocês. Se for enumerar tudo o que nós já fizemos Jorge, pelos servidores públicos, pagamos os atrasados que tinham, pagamos a terceira parcela, que era uma reivindicação de todos, demos reajuste de 18% para todos os servidores do Distrito Federal, com impacto de R$ 6 bilhões de reais na folha da nossa cidade, e tratamos todos com respeito. Recebemos os sindicatos, recebemos as associações, agora avançamos com responsabilidade para não deixar a cidade quebrada, como eu recebi em janeiro de 2019.