Ibaneis nomeia 80 professores e tutores para a Universidade do DF

Em projeto de expansão, futuro, UnDF deve receber outros 350 docentes, para compor quadros da universidade, em campi no Jardim Botânico, Granja do Torto e Ceilândia. Essa última, com local já definido.



Por Kleber Karpov

O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), nomeou nesta quarta-feira (31/Mai), 80 docentes e tutores convocados. Presentes, no Palácio do Buriti, esses profissionais são os primeiros servidores públicos, aprovados em concurso a pertencerem, diretamente, os quadros da Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes (UnDF), criada em julho de 2021, situada no Campus Norte da UnDF, no Lago Norte.

No discurso de boas-vindas aos professores e tutores, Rocha destacou a importância do ensino público, de qualidade. O chefe do Executivo assinou, ainda, termo de criação do Fundo da UnDF.

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“A UnDF é um sonho que está se tornando realidade”, declarou. “É um sonho perene, que vai nos dar muitos frutos. Não teremos falta de recursos para a UnDF, porque um percentual da receita do DF já está garantido para financiar o ensino superior público de qualidade. Tenho fé no estudo; essa é a melhor forma de transformar a vida.”, disse Rocha.

Projeto de Estado

Para a vice-governadora do DF, Celina Leão (Progressista), a posse dos professores e tutores, marca um momento, porém, que deve se expandir para algumas regiões do DF. Celina Leão ressaltou ainda a preocupação por parte de Rocha, em garantir a autonomia financeira da UnDF, com previsão orçamentária, de modo que não fique refém de políticas de governos.

“Já no projeto de Lei inicial foi determinado percentual líquido da Receita Corrente Líquida, do governo do Distrito Federal, para compor as despesas da universidade. Ou seja,  daNós não vamos ter que ir todo ano pedir recurso para as universidades, como acontece com algumas universidades brasileiras.”, disse Celina ao ressaltar que “houve a preocupação do governado para que a fosse um projeto de Estado e não somente de governo”, concluiu.

Universidade do DF

O deputado distrital, Jorge Vianna (PSD), falou sobre a importância da UnDF e lembrou que o Distrito Federal era o único ente da federação, que não contava com uma universidade pública, até que o governador tomou a iniciativa. “O DF era o único lugar que não tinha uma universidade estadual e nós dependíamos quase que exclusivamente da UnB [Universidade de Brasília]”, disse.

O parlamentar alertou também para a necessidade de integração entre os staffs da UnDF com a Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (FEPECS). “Temos uma fundação de ensino e pesquisa que precisa ter um fortalecimento, juntamente com a universidade que vai acolher os alunos da medicina dos cursos de saúde. Então agora temos todas as ferramentas para poder ter efetivamente uma educação de qualidade no DF, em relação a formação de curso superior”, disse Vianna.

30 anos da LODF

A reitora pro-tempore da UnDF, Simone Benck, chamou atenção que a nomeação dos primeiros professores, coincide com os 30 anos da Lei Orgânica do Distrito Federal (LODF), a Carta Magma do DF, que previa a criação de uma universidade no DF.

“Imaginar que em 1993 a Lei Orgânica apregoava justamente a criação de uma universidade, e de 2019 para cá conseguir em tão pouco tempo e diligência fazer o concurso público, implantar a universidade no Campus Norte e já ter disponibilizados os terrenos no Parque Biotic e também o de Ceilândia para a construção das edificações de unidades da UnDF, é uma honra e um privilégio”, disse a reitora.

Porta de entrada

Para a secretária de Estado de Educação do DF (SEEDF), Hélvia Paranaguá, a UnDF deve se tornar mais um canal de ingresso de alunos da rede pública no ensino superior. De acordo com a gestora da SEEDF, a UnDF deve reservar 50% das vagas aos estudantes provenientes da rede pública de ensino.

“Um dos principais problemas do Brasil hoje é o analfabetismo; não o do adulto que não teve oportunidade de estudar, mas o da criança, que não está conseguindo ser alfabetizada na hora certa”, disse a secretária. “Isso passa pela formação dos professores. A UnDF também abre espaço para estudantes da rede pública de ensino ingressarem em uma universidade distrital de qualidade.”

Responsabilidade

O professor de filosofia Otávio Maciel, um dos nomeados, lembrou o fato de esse grupo dos 80 nomeados ser responsável pela condução de um projeto aguardado há muitas décadas. “Seremos pioneiros, estamos fazendo parte dessa universidade que demorou a chegar, mas chegou”, disse. “Agora, mãos à obra. É um desafio. Temos uma responsabilidade na capital do Brasil de fazer essa universidade distrital”.

UniDF

Os primeiros 80 professores e tutores da UnDF devem lecionar, inicialmente, em nove cursos de licenciatura, bacharelado e tecnológico no Campus Norte da UnDF. No entanto, há previsão de se nomear 350 docentes para, futuramente, compor os quadros da universidade, nos campi de Ceilândia, Jardim Botânico e Granja do Torto – estruturas ainda em fase de projeto.

Atualmente, dimensionamento do campus do Lago Norte prevê, inicialmente, o acolhimento de estudantes de Sobradinho e Sobradinho II, Planaltina, Planaltina de Goiás, Paranoá, Itapoã e Varjão, além de moradores de áreas rurais dessas regiões.

sob essa ótica, a locação do campi de Ceilândia foi definida por Rocha. Em publicação do Diário Oficial do DF (DODF) desta quarta-feira (31) o governador estabeleceu que a universidade, na Região Administrativa (RA), será situada em terreno de 12,8 mil metros quadrados está localizado na QNN 27, Área Especial D. O terreno foi cedido pela Secretaria de Estado de Saúde  do DF (SESDF).

“Temos grandes projetos, terreno em Ceilândia, prédio no Biotic e vamos expandir com vários campi para fazer o investimento que muitas famílias precisam para colocar seus filhos na universidade”, disse Rocha.

Acompanhe a solenidade:

 

 

 



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