Ibaneis Rocha se encontra com Michel Temer, em busca de recursos, e dá o tom do novo GDF



Ao contrário de Rollemberg, ‘Out sider’ político demonstra capacidade de olhar, além da ponta do nariz

Por Kleber Karpov

Durante a campanha eleitoral, o governador derrotado do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB) fez questão de enfatizar, por diversas ocasiões, em debates e entrevistas, que as promessas do rival, Ibaneis Rocha (MDB), eleito para comandar o Buriti pelos próximos quatro anos, eram intangíveis, impossíveis de serem cumpridas, dado o cenário financeiro do DF.

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Porém, no dia seguinte, após ganhar as eleições do DF, com cerca de 70% dos votos válidos, o emedebista, se antecipou e se encontrou com o presidente Michel Temer (MDB). Na agenda, a busca por recursos para a capital do país, para os próximo anos.

Ibaneis Rocha, sabe que está em uma corrida contra o tempo, para tentar garantir recursos com o aliado, Michel Temer, que tem as chaves dos cofres da União, somente até 1o de janeiro de 2019. Agilidade essa que pode se reverter no direcionamento e obtenção de recursos para o DF, de modo a viabilizar, entre outras demandas, o cumprimento das promessas de campanha.

Nessa ação, Ibaneis Rocha, dá o tom do dinamismo a ser adotado como mantra aos próximos gestores do Governo do Distrito Federal (GDF). O emedebista, também, por tabela, da uma lição em um duro recado à Rodrigo Rollemberg. Que articulação política e aliados fazem bem ao Estado e, consequentemente, à população.

Afinal, o atual ocupante do Buriti, além de se isolar politicamente, também se limitou a ‘governar’ com repasses da União, a exemplo do Fundo Constitucional do DF (FCDF) e, salvo alguns rompantes, encapsulado na redoma das possibilidades das arrecadações. Por falta de competência técnica, de investimentos, de arrochos equivocados e, sobretudo de criatividade, a exemplo das diversas críticas ao governo, tecidas pelo então presidente da Associação Comercial do DF (ACDF), Cleber Pires, ao observar o abando do setor produtivo.

Embora, se deve dar o crédito ao governador, por receber a ‘casa bagunçada’,  há que se considerar, como bem lembra o jornalista, Renato Riella, a prepotência do governo eleito, ainda durante a transição em 2014, deixou o governo de saia justa, sem ter a real noção de quanta bagunça foi herdada, ocasião em que o governo despejou uma sopa de números à sociedade brasiliense, que três anos e dez meses depois, o próprio governador, durante os debates, se utilizava R$ 6 bilhões aqui, R$ 3,2 bilhões ali, de acordo com a conveniência do momento.

Porém, mesmo com a casa, supostamente arrumada, Ibaneis Rocha se antecipa, pois sabe que, ao longo do próximo mês, a equipe de transição deve se deparar com um rombo, acima dos R$ 600 milhões, admitido por Rollemberg, sobretudo se ao se considerar os passivos, a exemplo de déficits com o funcionalismo público. O novo governador sabe também que precisa se reinventar para resolver os problemas da cidade, atender as demandas da população e, garantir o cumprimento das promessas durante a campanha eleitoral.

No jogo político, o ‘out sider’ político demonstra que enxerga além do próprio nariz, em relação a necessidade de se articular politicamente. Porém, o mais importante, Ibaneis tem ciência da real necessidade de ‘pensar fora da caixa’ para criar e buscar meios de injetar recursos na capital.

Posição essa colocada por Ibaneis Rocha, ainda na pré-candidatura, antes de desistir de sair candidato ao GDF, por exemplo, em entrevista a esse articulista, no programa Panorama Político, na Rádio Federal (23/Nov/2017), em que o novo governador do DF, deixa claro a necessidade de criar meios e buscar recursos e investimentos, mesmo que em outros países. Enfim, Ibaneis Rocha, deu o tom, de como seria seu eventual governo.

NO AR PROGRAMA(TAL)

PROGRAMA PANORAMA POLÍTICO, COM KLEBER KARPOV – 23/11/2017 – PELA RÁDIO FEDERAL #radiofederal #webradio #radioonline #brasilia #radio #

Posted by RADIO FEDERAL on Thursday, November 23, 2017



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