Condicionamento de apoio de Rosso do fim do IHBDF e da AGEFIS apontam para Ibaneis Rocha, por Rollemberg quer outros 11 hospitais com “novo modelo de gestão”
Por Kleber Luiz
Após ser eliminado da corrida ao Palácio do Buriti, o presidente do PSD, deputado Rogério Rosso, lançou o desafio de eventual apoio a candidato no segundo turno. Quem se comprometer em acabar com o Instituto Hospital de Base do DF (IHBDF) e a Agência de Fiscalização de Brasília (AGEFIS) celebra o ‘casamento’. As condições se contrapõem aos ‘cases’ e ‘xodós’ de candidato a reeleição, o governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), o que abre margem a Ibaneis Rocha (MDB) que deve dizer à condição imposta.
Se para Ibaneis é questão de Sim ou não, para Rollemberg se trata de ‘missão impossível’. Isso porque o IHBDF é uma das poucas referências que Rollemberg adotou na saúde. Mesmo sob protesto de profissionais de saúde, entidades ligadas à classe médica, questionada por parte da procuradoria do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). Com o agravante de, após oito meses, permanecer com os velhos problemas.
Se soma a isso, o discurso de Rollemberg de reproduzir em outros “hospitais de grande porte”, a exemplo dos hospital Regional da Asa Norte (HRAN), e do Materno Infantil de Brasília (HMIB), a conversão para Serviço Social Autônomo (SSA), o Instituto. Ainda que, atualmente, o IHBDF, esteja com decisão do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), que a unidade seja convertida em Fundação de Direito Público, volte a realizar concursos públicos e licitações.
Institutos
Se nas propagandas eleitorais, Rollemberg se limitou a mencionar, a intenção de converter dois ou três hospitais em institutos, uma olhada no Plano de Governo do socialista (Veja na íntegra aqui), demonstra que o atual ocupante do Buriti vai além.
Sem mencionar o termo Instituto, ou SSA, uma das 16 Ações estruturantes, prevê no item 5: “Rever o modelo de gestão dos hospitais regionais de modo a garantir maior agilidade para abastecimento e contratações, fortalecendo a Rede Hospitalar do DF”. Ao todo, 11 hospitais são apontados para tais mudanças.
Credibilidade
Em entrevista veiculada, no domingo (7/Out), no programa SOS Brasília, do apresentador Ricardo Noronha, o jornalista e marketeiro político, Hélio Doyle, também ex-chefe da Casa Civil, lembrou que, a criação do IHBDF tem por finalidade, atender a população do DF.
Porém, este articulista, resgatou um episódio recente que envolveu o deputado distrital Wellington Luiz (MDB), ocasião em que o parlamentar foi barrado por tentar realizar fiscalização no Hospital, momento que governo desperdiçou a oportunidade de demonstrar o bom funcionamento da unidade. Ocasião em que chegou abordou a total falta de credibilidade do governador para falar direto à população, da eficiência do IHBDF.
Embora, tal negativa, não abordada no SOS Brasília, se esclarece com a denúncia de uma médica do IHBDF, sobre a morte de uma paciente idosa, de 74 anos, associado aos velhos problemas dos unidades de saúde, a exemplo da falta de equipamentos de reanimação cardiorrespiratória, de medicamentos, falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com o agravante, segundo denunciado, da falta de preparo de alguns profissionais, para prestar socorro a paciente.
Pontinho Azul
Em tempo, este articulista, durante a entrevista, lembrou do 1º confronto entre os presenciáveis, realizado pela TV Band (9/Ago), em que, durante os intervalos dos candidatos à presidência da República Federativa do Brasil, o consultor, Marcos Túlio Pires, do Google News Lab, demonstrou durante o debate, os interesses de buscas, dos usuários, em relação aos candidatos.
O caso chamou atenção, pois, para o Distrito Federal, a Saúde foi o tema de maior interesse captado pelo Google Trends, ao longo da transmissão do debate dos presenciáveis. Em especial, durante o segundo bloco dos debates, onde, em todo o país, o DF despontou como a principal preocupação do eleitor da capital do país, representado na cor azul.
IHBDF com os dias contados?
De um lado, Rollemberg convive com a falta de credibilidade para convencer a população sofre a eficiência do ‘case’ IHBDF, além de ameaçar os servidores públicos da Saúde de converter outros 11 hospitais em Instituto. Do outro, Rosso lança o desafio de pedir o fim do IHBDF, solução atualmente mantida em desobediência a decisão do TJDFT.
Ibaneis, por sua vez, ao longo da campanha, que reforça a necessidade de valorização dos servidores público, tende a se beneficiar com o apoio de Rosso. O funcionalismo público está de olho e, nas redes sociais, voltaram os olhares para o ‘outsider’ que surpreendeu no primeiro turno com os 42% dos votos válidos. Pelo jeito, os dias do IHBDF estão contados.