Por Anna Virgínia Souza
Desde que chegou a Brasília, em 2009, o Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF) tem mudado a vida dos moradores da região. Conhecido por ser uma referência nacional em alta complexidade cardiovascular e transplantes, o ICDF já realizou 1679 transplantes.
Na madrugada deste domingo (09/08) tivemos mais um marco no programa de transplantes do Instituto, pois realizamos o transplante de fígado de número 500. Um resultado muito expressivo para 08 anos de programa, tanto pelo volume de procedimentos, quanto pela qualidade de vida dos pacientes. Somente neste ano (2020), mesmo com o contexto atual de enfrentamento a pandemia, já realizamos 40 transplantes de fígado.
O diretor médico e coordenador do programa de transplante hepático no ICDF, Dr. André Watanabe agradeceu e parabenizou a todos, por ser membro da equipe, destacou a importância de chegar a esse marco especialmente no dia dos pais: “O fato disso ter acontecido no dia dos pais tem um significado ainda mais especial, pois esse programa é como um filho para cada um de nós, que vimos nascer, crescer e atingir a maturidade e pelo qual iremos sempre lutar”. E lembrou que temos vivido tempos de dificuldades e incertezas, por isso acredita que esse marco é uma grande vitória não somente para equipe do transplante, mas para todos do ICDF ao agradecer o apoio. “Somente com esse suporte foi possível chegar até aqui e beneficiar tantos pacientes. Acredito que ainda temos muito a realizar e vamos em frente”.
O paciente transplantado é um funcionário público aposentado, 60 anos, natural de Anápolis-GO, e ficou em fila aguardando a doação por 10 dias. Agora segue estável, recuperando-se em UTI.
Diversos fatores levam a esse número, são 500 vidas mudadas pelo transplante, mas vale destacar a melhoria no processo de identificação dos possíveis doadores, melhor comunicação e doação por parte das famílias, aumento no número de captação além da equipe capacitada e treinada. Hoje o ICDF dispõe de equipes que de deslocam inclusive para outros estados para captação de órgão enquanto outra equipe já prepara o paciente receptor.
Os pacientes que moravam nesta região, antes precisavam deslocar-se até outro estado para fazer todo o procedimento, que ia da avaliação inicial até as etapas de pós-transplante. Agora, a situação é oposta, e ele pode executar todas as fases do transplante sem sair do conforto de sua casa, acolhimento de sua família.
Para a superintende do ICDF, Dra. Nubia W. Vieira esse é um dos principais benefícios de se ter um programa descentralizado dividido em regiões “é muito importante ter um centro especializado no Distrito Federal, como o Instituto de Cardiologia. Isso possibilita ao paciente realizar o tratamento no conforto e aconchego da sua família, não tendo a necessidade de buscar esse tratamento em uma cidade distante, além de gerar economia de gastos para o paciente e o Distrito Federal, que agora não tem esse custo de deslocamento”, explica.
Serviço:
Pacientes que queriam ser acompanhados ou avaliados pelas equipes do ICDF que tenham indicação de transplante de: coração, fígado, rim, córnea e medula óssea, devem procurar uma unidade de saúde mais próximo de sua residência, apresentar relatório médico e solicitar agendamento de consulta para avaliação de transplante.
O ICDF é uma instituição filantrópica, privada sem fins lucrativos, e está localizado junto ao Hospital das Forças Armadas – HFA, no Cruzeiro Novo. Hoje, o Instituto possui 146 leitos, quatro salas cirúrgicas, duas salas de hemodinâmica, ambulatório e emergência 24 horas. São realizadas em média 100 cirurgias por mês sendo que, em 2015, o Instituto realizou o primeiro transplante duplo do Distrito Federal. O ICDF é o único hospital multitransplantador da Região Centro-Oeste de órgãos e tecidos. Acesse o site e saiba mais! www.icdf.org.br
Fonte: ICDF