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22 dez 2024 23:52


Justiça Federal decreta prisão preventiva de dois médicos presos na Operação Marcapasso

Investigação aponta os médicos Ibsen Trindade e Andrés Esteva como articuladores do esquema criminoso que fraudava licitação em troca de propinas

A Justiça Federal acolheu a manifestação do Ministério Público Federal (MPF) e decretou nessa quinta-feira (9) a prisão preventiva dos médicos Ibsen Suetônio Trindade e Andrés Gustavo Sánchez Esteva, presos temporariamente na Operação Marcapasso. De acordo com o estágio atual da investigação, os dois são os principais articuladores do esquema criminoso que fraudava licitações de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPMEs) na área da cardiologia em troca de pagamento de propina a médicos no Tocantins.

Os outros nove investigados, também presos na deflagração da Operação Marcapasso, foram soltos após a audiência de custódia, mediante o pagamento de fiança e outras medidas cautelares diversa da prisão, tais como a proibição de se ausentar de suas atividades profissionais por seis meses e a proibição de mudar de residência sem prévia autorização da Justiça Federal.

O juiz federal João Paulo Abe, responsável pelo caso, também determinou outras medidas cautelares ao médico Fernando Motta, que se encontra nos Estados Unidos desde abril deste ano, em substituição à prisão temporária que havia sido decretada. Ele deve pagar fiança de 40 salários-mínimos e comparecer ao juízo tão logo retorne ao Brasil, em janeiro de 2018, sob pena de ter mandado de prisão incluído na lista da Organização Internacional da Polícia Criminal (Interpol).

Além de tais medidas, permanece em vigor a proibição de acesso às dependências dos órgãos públicos do Poder Executivo do Estado do Tocantins, aplicada aos investigados José Edimar Brito Miranda e Sônia Lúcia Vieira da Silva Spies.

Recomendação

Na decisão que decretou as prisões preventivas, o juiz mencionou a recomendação expedida pelo MPF ao governo do Tocantins, visando a imediata regularização dos serviços de hemodinâmica do Hospital Geral de Palmas (HGP), diante de sua possível paralisação em razão das prisões dos investigados Ibsen Trindade e Andrés Esteva.

Fonte: MPF

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