Por Abnor Gondim
Começou a funcionar no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) novo equipamento para realizar com mais rapidez os exames hormonais dos pacientes — cerca de 35% são portadores de câncer. O equipamento entrou em operação na última segunda, 29 de maio, quando foi zerado o atendimento de 700 pacientes que estavam à espera dos resultados.
Com o novo equipamento, o resultado será concluído com mais celeridade para ser analisado pelos médicos. Consegue processar 300 exames por hora, dando agilidade na liberação dos resultados. O número de parâmetros de exames foi ampliado de 25 para 44.
“Esse tipo de exame facilita a elaboração de diagnóstico e no tratamento das doenças”, destacou a enfermeira Elaine Araújo, especialista em diagnóstico e imagem e gerente de Apoio Diagnóstico e Terapêutico do HBDF.
A novidade vai beneficiar as pessoas que diariamente procuram o Laboratório Clínico do Ambulatório do Hospital de Base. Do total de 600 atendimentos diários, 200 são para a realização de exames hormonais.
“Com esse novo equipamento além dos exames que já realizávamos, serão ofertados os exames para monitoramento terapêutico aos pacientes de transplante renal, marcador de septicemia e sorologias diversas; que serão liberados em tempo hábil, com finalidade de auxílio diagnóstico, terapêutico e redução do tempo de internação dos pacientes”, assinalou a chefe do Laboratório Clínico, Lara Malheiros.
De acordo com a chefe da unidade, também são atendidos os pacientes internados nos quase 800 leitos do hospital. “Os pacientes internados são muito graves. Muitas vezes precisam do resultado rápido para o médico fazer diagnóstico, acompanhamento ou usar uma medicação”, pontuou.
”Vida normal”
Os serviços prestados pelo Laboratório Clínico terão impacto positivo para os pacientes. Alguns deles fazem exames no hospital desde criança e estão há anos recebendo tratamento.
“Levo uma vida normal graças ao Hospital de Base”, afirmou a brasiliense Soraia de Andrade, 56 anos, moradora de Brazlândia (DF), a 44 km de Brasília. Ela sofre de cardiopatia há cerca de 20 anos e já fez duas vezes a troca de válvulas no coração. Assim, disse, foi possível fazer serviço social, ecologia e pós-graduação na Universidade de Brasília (UnB). “Sou casada, tenho dois filhos e agora quero um neto”, completou.
Outra paciente faz exames frequentes no laboratório. Há 11 anos sofre de câncer no útero e agora enfrenta metástase. “O atendimento aqui é muito bom”, observou Débora Castro, 24, anos, residente em Sobradinho (DF), a 24 km de Brasília . Ela acompanha a tia, Odenilde Castro, 42 anos, uma das pacientes oncológicas atendidas pelo hospital.
Oncológicos
Além disso, os pacientes oncológicos poderão contar com os marcadores tumorais que são utilizados para: estimar o prognóstico; determinar se existe doença residual ou recidiva após o tratamento, avaliar a resposta ao tratamento; e monitorar se um tumor se tornou resistente ao tratamento.