Por Kleber Karpov
Ao longo da semana, surgiram rumores em torno de uma eventual substituição da secretária de Saúde do DF, sob comando da ginecologista, Lucilene Florêncio, médica de carreira da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF). No entanto, quem apostou na saída da gestora, pode amarrar o jegue em outro curral pois, se esqueceu de combinar com o chefe do Executivo, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), segundo fontes palacianas que segue firme e forte com Lucilene Florêncio.
Segundo fontes consultadas, além da confiança do governador e da vice-governadora do DF, Celina Leão (Progressista), Lucilene Florêncio, conta com a simpatia dos pares e de membros da classe política por atuar em sinergia com os diversos personagens da gestão pública do DF. Além de ter mais que comprovada a capacidade de gestão e entrega de resultados, especialmente, no cenário pós-pandemia de coronavírus, em que a Saúde do DF, assim como a de todo o país, teve que se reinventar para atender à demanda reprimida de atendimentos ambulatoriais e cirurgias eletivas, após quase quatro anos sem atendimentos por conta da Covid-19.
Sob essa ótica, quem apostou na derrocada de Lucilene Florêncio, parece não ter acompanhado as demandas recentes de Rocha para encaminhamento por parte da SES-DF, a exemplo das nomeações dos 400 Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e 400 Agentes de Vigilância Ambiental de Saúde (AVASs) para intensificar o combate a dengue e a assistência no Estratégia Saúde da Família (ESF); ou ainda das retomadas dos mutirões de cirurgias eletivas.
Falta gestão?
No que tange a capacidade de gestão, quem acompanha com um mínimo de atenção, ao olhar para algumas gestões anteriores, vai se recordar do caos da saúde pública do DF. Casos recorrentes, diariamente estampados pela imprensa, a exemplo de óbitos de recém-nascidos, aumento de óbitos evitáveis, a faltas de leitos em enfermarias e em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e até mesmo pacientes atendidos no chão, situações essas praticamente estancadas da saúde pública do DF
Sob essa ótica, PDNews, deu início a uma série de reportagens para demonstrar as ações da gestão da Saúde do DF, para levar até a população do DF, dados, números, desafios e encaminhamentos praticados pela gestão. Com a primeira reportagem intitulada ‘Secretária de Saúde fala sobre desafios e alternativas à escassez de pediatras no Distrito FederalCompre vitaminas e suplementos‘ (4/Nov). A próxima edição, deve tratar das filas das cirurgias eletivas.
Jofran Frejat
Em tempo, para tentar desconstruir a capacidade administrativa de Lucilene Florêncio, houve até quem recorresse a memória do médico, Jofran Frejat, ex-secretário de saúde do DF, por quatro gestões, entre os anos de 1979 e 2002 e ex-deputado federal, um dos principais defensores do Sistema Único de Saúde (SUS).
Muito embora, tal artifício possa ser apenas uma cortina de fumaça para colocar em prática uma vingança previamente anunciada. Isso, após um certo jornalista ter negado um pedido de cirurgia estética para uma parente. Caso esse, que, sem mencionar o nome do santo, PDNews apurou e publicou uma nota em O Plantonista de 16 de outubro. Estranhamente, o santo após tentar burlar a fila de cirurgias eletivas da SES-DF, se torna a voz a tentar desqualificar a competência profissional de Lucilene Florêncio.
O sem noção parece ter ignorado, ou desconhecer, ainda caso tal pedido se tratasse da realização de uma cirurgia para tratar uma doença grave, que a SES-DF conta com um Sistema de Regulação (SISREG), auditado pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). Logo, caso Lucilene Florêncio burlasse tal sistema, poderia responder por improbidade administrativa.