Por Kleber Karpov
No último domingo (3/Dez) o Sindicato dos Médicos do DF (SindMédico), se posicionou contra a utilização das Organizações Sociais (OSs), por parte da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF) no processo de gestão das unidades de Saúde do DF. A manifestação do SindMédico-DF ocorreu por meio de publicação no jornal Correio Braziliense e em redes sociais, de questionário em que sugere perguntas ‘da população’ ao governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), sobre o destino da Saúde do DF.
Ao todo, sete questionamentos são sugeridos, pelo SindMédico, à Rollemberg, em que aborda, por exemplo, de problemas enfrentados na Saúde de outras unidades da federação, em decorrência da gestão por meio de OSs; das experiências desastrosas por OSs no DF; das manifestações contrárias do Ministério Público e do Conselho de Saúde em relação às OSs; e até mesmo da suspensão de serviços a empresas terceirizadas, por falta de recursos, que deve continuar em 2016.
Auxiliares e Técnicos em Enfermagem
Outros Sindicatos já se manifestaram contra a instituição das OSs. Um exemplo é o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (Sindate-DF). No início de dezembro representantes do Sindate-DF estiveram em Goiás para conhecer de perto a realidade das unidades geridas por OSs, sob a ótica dos servidores e dos usuários da Saúde pública no estado vizinho.
A direção da Entidade participou ainda de audiência pública realizada na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, pelo senador Hélio José (PMB). Na ocasião o vice-presidente do Sindate-DF, Jorge Vianna, direcionou críticas ao governador, ao que chamou de erro o GDF querer insistir em querer retomar a gestão da Saúde do DF por meio de OSs.
OSs em Janeiro?
Outra matéria publicada por Correio Braziliense (4/Jan), sobre a mudança do modelo de gestão da Saúde do DF, aponta que o executivo pretende realizar licitação para passar a gestão das unidades de Saúde às OSs.
Ao Política Distrital, o secretário de Saúde, Fábio Gondim, observou: “Qualquer modelo, ou modelos de gestão, que venha a ser definidos, naturalmente deve passar pelas instâncias necessárias e pelo crivo do controle social. Enfim, o que for definido será feito com responsabilidade e com a participação da sociedade.”, afirmou Gondim.