Mães participam de oficina de arteterapia no Hospital do Paranoá

Enquanto aguardam a alta hospitalar dos bebês, as mamães produzem artesanato na maternidade



Por Luiz Fernando Cândido

Com muito amor e carinho as mamães internadas no Hospital da Região Leste (HRL), no Paranoá, confeccionam ursinhos, decoração de porta, pintura em MDF, móbile para o berço, enfeite de porta com nome do recém-nascido e outros objetos artesanais para enfeitar o quarto dos pequenos. Elas estão no hospital aguardando a alta dos bebês. Enquanto isso, na maternidade, participam de sessões de arteterapia promovidas pela terapia ocupacional do HRL.

Atualmente, são nove mães que estão sendo acompanhadas na unidade. A oficina de terapia ocupacional atende mães de bebês que tiveram alta da Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (UCIN) ou que mesmo após a alta precisam ficar algum tempo em observação.

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A Terapia Ocupacional do HRL realiza atendimento humanizado visando o bem-estar tanto para o bebê prematuro quanto para mãe que permanece internada participando do convívio diário com seu bebê. A terapeuta ocupacional Adriana Sousa Martins explica que a técnica é muito importante porque traz benefícios para as mães que estão internadas no local.

“Elas passam períodos muito estressantes, de ansiedade, de angústias, de conflitos. A gente realiza o relaxante com as mães, o acolhimento, o diálogo de uma mãe com a outra mãe, e assim, a gente vai desenvolvendo o trabalho até que elas recebam alta com seus bebês. Indo para casa, em paz, com saúde e tranquilidade”, frisa.

Atendimento humanizado

A moradora do Itapoã Miriam Barbosa, de 38 anos, está há 16 dias internada com a filha recém-nascida na maternidade do Hospital da Região Leste. Enquanto a alta não chega para as duas, Miriam participa da oficina de arteterapia. O tempo livre deu lugar a momentos relaxantes e descontraídos com outras mães. Entre uma prosa e outra, cada mãe vai produzindo a decoração do seu filho.

“Esse trabalho é muito importante porque eu cheguei aqui depois que meu bebê foi para a UCIN. Eu chorava muito. Depois que eu vim para a arte mudou bastante. Melhorou a minha autoestima. Muito bom. Eu amei!”, relata a paciente que agradeceu o cuidado recebido no HRL.

Com os itens decorativos prontos, as mães os levam para decorar o berço dos recém-nascidos. “Vou usar tudo. Tem o nome dela, o ursinho, a inicial do nome dela, a caixinha para colocar fralda”, afirma Miriam.

Ana Paula Rodrigues, de 27 anos, está fazendo arteterapia desde que a filha recém-nascida foi internada na UCIN. A moradora de São Sebastião conta toda orgulhosa o que já foi feito por ela. “Eu fiz um móbile, fiz um ursinho pra ela, tem a farmacinha, tem o abajur, tem o berçário, tem a inicial do nome. Quero agradecer a ela [Adriana terapeuta] pelo trabalho, que é muito bonito. Vou levar para o resto da vida”, pondera.

Métodos

Outros métodos também são utilizados e repassados para a mãe e o recém-nascido. Como é o caso da redinha na incubadora da UCIN com bebês prematuros promovendo o relaxamento do tônus muscular, incentivando posição flexora, promovendo o bem-estar e tranquilidade.

Também realiza o método Canguru através do contato pele a pele com sua mãe ou pai. Esse método diminui o tempo de internação porque o bebê se desenvolve mais rápido, melhorando frequência cardíaca, respiratória, com ganho de peso, aumento do aleitamento materno.

Ainda são realizadas palestras, técnicas de relaxamento, roda de conversa e leitura reflexiva.

Célia Pereira Viana, de 41 anos, é moradora de Unaí, em Minas Gerais. A filha, que tem 23 dias de vida, está internada na incubadora da UCIN fazendo os métodos da “Redinha” e “Canguru”.

“Despois do uso do Canguru e da redinha ela [filha] engordou 200g em uma semana. E não precisou mais de oxigênio. Então a expectativa é que ela saia o mais rápido possível. Está melhorando cada dia mais”, diz.

Sobre a oficina de arteterapia, Célia relata que até parou de tomar remédio depois que começou no projeto. “Isso aqui tirou a gente de uma depressão do fundo do poço. Porque assim que eu cheguei só chorava. Melhorou bastante meu emocional, até remédio eu tomava, não estou tomando mais”, observa.



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FONTEAgência Saúde DF
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