Por Catarina Loiola
O Governo do Distrito Federal (GDF) chegou à marca de mais de 100 cirurgias eletivas realizadas pelo mutirão com apoio da rede privada. Os procedimentos foram contratados pela Secretaria de Saúde (SES-DF) para o atendimento inicial de 3.233 pacientes, com investimento total de R$ 19,7 milhões.
Desde 22 de setembro, início da ação, foram executadas 122 cirurgias eletivas, sendo 51 hernioplastias (hérnia), 46 colecistectomias (retirada da vesícula biliar) e 25 histerectomias (remoção do útero). As intervenções ocorreram nos hospitais São Mateus (37), Daher (50), São Francisco (23) e HC (12). Os dados foram registrados nessa quinta-feira (6).
A partir deste sábado (8), começam as operações nos hospitais Home e Anchieta. E, em breve, no Hospital Águas Claras.
O edital do mutirão de cirurgias eletivas prevê a realização de 1.600 cirurgias de colecistectomia, 960 de herniorrafia e hernioplastia e 673 histerectomias – totalizando 3.233 procedimentos. Cada processo inclui a realização de cirurgia, internação de até 48 horas e consultas pré e pós-operatório.
“Com o mutirão, conseguiremos reduzir a lista de espera, desafogar o sistema de saúde e direcionar recursos a outras áreas que também precisam de atenção”Luciano Moresco, secretário-adjunto de Assistência à Saúde
Os sete hospitais da rede particular selecionados terão 120 dias para a execução das intervenções e receberão conforme o número realizado e a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). As normas foram previstas em edital publicado em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) do dia 5 de setembro. Os contratos foram assinados com o envolvimento e apoio do controle social e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
O secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Luciano Moresco, explica que todos os pacientes a serem beneficiados são acompanhados pela rede pública e foram encaminhados de acordo com a prioridade pelo Complexo Regulador do Distrito Federal. “É um perfil de paciente que será altamente impactado de forma positiva, sendo pacientes que recorrentemente vão a prontos-socorros necessitando de intervenção para analgesia e controle de sintomas”, afirma.
De acordo com Moresco, a amplificação do número de procedimentos afeta todos os níveis de atendimento em saúde. “Entendemos que um paciente cirúrgico regularmente recorre aos prontos-socorros para atendimento em clínica médica e, por vezes, são atendidos em cirurgias emergenciais devido ao agravamento do quadro, o que consome uma parcela importante de serviços da saúde, tensionando toda a rede. Com o mutirão, conseguiremos reduzir a lista de espera, desafogar o sistema de saúde e direcionar recursos a outras áreas que também precisam de atenção”, ressalta Moresco.
Em paralelo ao mutirão, a Secretaria de Saúde trabalha planos operacionais nos hospitais regionais da rede para a ampliação de cirurgias, priorizando procedimentos oncológicos, além daqueles já judicializados.
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