A Promotoria de Justiça de São Sebastião participou de mobilização pelo dia 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Uma caminhada, organizada pelo Cras de São Sebastião, a Associação Comunitária de São Sebastião (Ascom) e a Casa Azul reuniu mais de 200 crianças e adolescentes, estudantes da rede pública de ensino, e integrantes da rede de instituições socioassistenciais da cidade.
Representantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) fizeram uma breve apresentação sobre a função do órgão. “O assunto sexualidade é um tabu, especialmente quando tratado com crianças e adolescentes. Por isso, é pouco discutido na família, nas escolas e na sociedade. Isso contribui para a permanência do problema do abuso sexual infantojuvenil, pois torna difícil detectá-lo. As vítimas não se sentem confortáveis em falar sobre o assunto e, muitas vezes, sequer entendem que estão sendo vítimas de um crime”, explica o coordenador da Promotoria, promotor de Justiça Rodrigo de Oliveira Machado.
“Mobilizações como essa são muito importantes para o combate desse abuso sexual, na medida em que trabalham dois eixos fundamentais: o da disseminação da informação e o do fortalecimento da rede de apoio e proteção às crianças e adolescentes, já que promove a integração de órgãos vocacionados ao enfrentamento desse mal”, enfatiza Rodrigo.
A caminhada iniciou-se por volta das 15h, na Administração Regional, e passou pela rua do Caic, pela Feira permanente de São Sebastião e encerrou em frente ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), em um percurso de cerca de uma hora.
“Este mês estamos trabalhando o tema ‘Projeto de vida e mobilização social’. A partir de uma roda de conversa sobre o 18 de maio, com os usuários, saiu como encaminhamento uma ação pública, a caminhada”, explica Manoel Pina, coordenador do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da associação comunitária.
18 de maio
A data foi escolhida como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes em memória de Araceli Sanches. Em 1973, a menina de oito anos foi raptada, dopada, violentada e seu corpo foi encontrado desfigurado e em estado avançado de decomposição. O crime aconteceu em Vitória (ES) e prescreveu sem que os culpados fossem punidos.
Se você tiver conhecimento ou presenciar qualquer violação contra crianças e adolescentes, denuncie pelo Disque 100, no conselho tutelar, no Ministério Público ou na delegacia de polícia mais próxima.