O impasse persiste, mas o governo deverá apresentar na próxima sexta-feira (23) uma proposta de calendário para o pagamento do reajuste dos profissionais da saúde e da educação, que estão em greve. Esse foi o resultado da longa e tensa reunião entre sindicalistas, representantes do governo e deputados distritais, ocorrida na tarde desta terça-feira (20), na Câmara Legislativa. Ao final das discussões, servidores decidiram em assembleia que a greve continua, até que possam aprovar uma proposta que considerem favorável
Após a reunião, a presidente da Câmara Legislativa, deputada Celina Leão (PDT), anunciou que os deputados distritais poderão votar projetos do governo, a partir da próxima semana, desde que não tragam aumento de impostos. “A Câmara Legislativa está cumprindo o seu papel de intermediar uma negociação entre as partes e sempre demonstrou que está ao lado dos servidores”, ressaltou a deputada, que espera a apresentação de uma proposta de calendário de pagamento dos reajustes, em nova reunião a ser realizada no legislativo, com a participação dos servidores. “O governo deve apresentar a proposta, no máximo, até o meio-dia”, explicou.
Entre os sindicalistas e distritais que participaram da reunião, prevaleceu o clima de inconformismo diante da recusa do governo de apresentar um cronograma de pagamentos na reunião de hoje. “Consideramos que foi mais um abuso do governo não apresentar uma proposta de acordo agora, para que pudéssemos encerrar o movimento de paralisação. Por isso a paralisação vai continuar”, criticou a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.
Também o secretário da Casa Civil do governo local, Sérgio Sampaio, não demonstrou confiança em apresentar uma proposta que atenda aos interesses dos servidores. “A gente não está enganando vocês. Não temos dinheiro para pagar o reajuste nesse momento”, explicava aos sindicalistas, que o pressionaram durante toda a reunião.
Ocupações – Após o anúncio de que o cronograma deve sair apenas na sexta-feira, os servidores do SindSaúde, que ocupavam o foyer do plenário, decidiram deixar a Câmara Legislativa. Até às 20h30, os professores ainda não haviam decidido se deixariam a sala da presidência da CLDF, ocupada desde a manhã desta terça.
Fonte: CLDF