O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, fez um balanço dos resultados da Cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro entre 18 e 19 de novembro de 2024, durante entrevista ao Bom Dia, Ministro desta quarta-feira, 27 de novembro. Na avaliação do chanceler, a aprovação do documento final e o lançamento oficial da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza consagraram o encontro como um sucesso.
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“Não é falsa modéstia, mas foi um sucesso, porque contamos com a adesão de 82 países da União Africana, da União Europeia, 33 organizações e instituições financeiras internacionais e 31 organizações filantrópicas e não governamentais. Ou seja, temos 148 adesões entre países, instituições e organismos internacionais”, elencou.
O ministro destacou a importância de a presidência brasileira do G20 promover a troca de conhecimentos e experiências bem sucedidas entre países. “O Brasil tem o Bolsa Família, o Programa Nacional de Alimentação Escolar, o Programa de Aquisição de Alimentos, iniciativas que levam à produção de alimentos e à distribuição. Isso servirá para vários outros países. É uma espécie de banco de dados em que os outros países poderão saber o que é que o Brasil faz, o que é que outros países da América Latina e América do Sul fazem, o que é que se faz na África”, relatou.
Outras prioridades defendidas pelo Brasil no G20 foram abordadas por Vieira durante a conversa com radialistas no programa realizado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República. “Tivemos duas outras grandes iniciativas: a Mobilização Global contra a Mudança do Clima e a Ação pela Reforma da Governança Global, que correspondem aos três pilares da presidência brasileira do G20. São todas iniciativas que se complementam e estruturam esse G20 lançado pelo Brasil, renovado ou reapresentado”, pontuou.
COP30
A 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), agendada para Belém (PA) em novembro de 2025, também foi citada por Mauro Vieira como retrato do protagonismo internacional do país. “Vai ser um momento de revisão das metas anunciadas, as chamadas NDCs (Contribuição Nacionalmente Determinada, em inglês), que são as metas de preservação e de redução das emissões de gás de efeito estufa para que se tenha a garantia do acréscimo de, no máximo, 1,5% graus centígrados na temperatura global até 2030”, afirmou. “E o Brasil vai continuar liderando nessa questão climática, de mudança de clima e de meio ambiente”.
BRICS
Além da COP 30, o Brasil se prepara para presidir outro fórum internacional estratégico em 2025: o BRICS. Além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o bloco foi ampliado pela adesão de Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Egito e Etiópia, além de dezenas de outras nações que pleiteiam participação. “O BRICS é uma plataforma de cooperação, de troca de informação. Isso que vamos fazer: continuar examinando as possibilidades de uso de moedas locais no comércio, financiamentos por meio do novo Banco de Desenvolvimento, presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff, e vamos continuar examinando a expansão, os critérios e condições para a expansão do grupo para um número maior de países que seja representativo do mundo em desenvolvimento”.
Quem participou
O “Bom Dia, Ministro” é um programa semanal realizado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República. Participaram desta edição a Rádio Nacional de Brasília (Brasília/DF), Rádio Liberal (Belém/PA), Rádio Sociedade (Salvador/BA), Rádio Guaíba (Porto Alegre/RS), Rádio Centrominas (Curvelo/MG), Rádio CBN (Presidente Prudente/SP), Rádio Dom Bosco (Fortaleza/CE) e Rádio BandNews FM (Rio de Janeiro/RJ).