Médicos do DF envolvidos com a máfia dos laboratórios na mira da CPI da Saúde



Por Ascon RCN

Por trás da compra exagerada de próteses feita pelo GDF no mês de fevereiro pode está escondido um escancarado esquema de propinas e achaques que envolvem não apenas só servidores, mas uma quadrilha de médicos tanto da rede pública como da rede privada de saúde. Essa seria uma das linhas de investigações a ser adotada pela anunciada CPI da Saúde que deverá ser instalada na Câmara Legislativa logo na primeira quinzena de agosto.

A CPI visa investigar a máfia da ortopedia e neurocirurgia sobre um esquema em que médicos teriam acordos com laboratórios e empresas de planos de saúde que estariam ganhando por quantidade de exames específicos como tomografias, ressonâncias, eletroneuromiografia encaminhados.

Denúncias como essas, chegam de vários setores da sociedade aos gabinetes dos distritais que neste final de recesso reúnem documentos e informações sobre todo o esquema de corrupção que colocou o sistema der saúde do distrito federal na UTI e que prejudica milhares de pessoas que recorrem aos hospitais, sejam públicos ou da rede privada de Brasília.

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De acordo com as denúncias, os pacientes que chegam em alguns dos consultórios médicos de Brasília é avaliado primeiro na sala de espera de acordo com o convenio que tem ou pelo poder aquisitivo que possuem para serem classificados como os mais lucrativos. Pacientes que tem plano de saúde da Geap Autogestão em Saúde, considerado pela maioria dos médicos como de “baixa rentabilidade”, por exemplo, terminam quase sempre no final da fila de atendimento.

Em uma narrativa que chegou ao conhecimento dos deputados esta semana descreve que, atualmente, em Brasília, quem dita às regras do jogo de quanto, como e quando vai ser a cirurgia é o médico. Também seria o médico que determina quanto é para o representante do plano de saúde cobrar por determinada cirurgia no DF.

“Procedimentos que sairia por R$ 40 mil é cobrado ao plano de saúde por R$60 mil já que é o médico que determina o quanto quer receber pelo procedimento, de 20 a 30% por cirurgia, e ainda fala que se alguém entrar em sua cotação vai tomar as devidas providências com quem atravessou o procedimento”, diz uma carta enviada aos distritais.

Muitos médicos são donos de empresas que vendem material aos hospitais da rede pública. A recusa da não cobertura dos planos de saúde, mesmo em casos gravíssimo em que o paciente precisa urgentemente ser submetido a uma cirurgia, segundo denúncias, é provocado pela esperteza dos médicos em cobrar pelo material médico-hospitalar para as suas próprias cirurgias. Há em Brasília médicos que orientam seus pacientes a entrar com pedido de liminares a justiça contra planos de saúde em beneficio próprio. O Ministerio Publico Federal já está fazendo investigacoes da mafia da prótese. De acordo com o deputado Weellinton Luiz (PMDB), a CPI da Saude de Brasilia pode contribuir muito com as investigacoes do MPF.

Fonte: Radar Condomínios



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