Cerca de 400 pessoas acompanharam homenagem presidida por Jorge Vianna à classe médica
Por Kleber Karpov
Nesta segunda-feira (21), o deputado distrital, Jorge Vianna (Podemos), presidiu a sessão solene, realizada pela Câmara Legislativa do DF (CLDF), em homenagem ao Dia do Médico, comemorada na sexta-feira (18). Ao todo, cerca de 120 médicos foram homenageados, entre um público de aproximadamente 400 pessoas. Os profissionais de saúde foram agraciados com moção de louvor, pelos relevantes serviços prestados à população do DF.
Além de Vianna, na condição de presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da CLDF, a mesa foi composta pela deputada distrital, Arlete Sampaio (PT), a secretária-adjunta de Assistência à Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), Lucilene Maria Florêncio de Queiroz, a conselheira do Conselho Federal de Medicina (CFM), Rosylane Nascimento das Mercês Rocha, o presidente do Conselho Regional de Medicina do DF (CRM-DF), Farid Builtrago Sanches, o presidente da Associação Médica de Brasília (AMB), Ognev Meireles Cosac, o presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e do Sindicato dos Médicos do DF (SindMédico-DF), Marcos Gutemberg Fialho, o diretor da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (FEPECS), Marcos de Sousa Ferreira, o diretor da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), Ubirajara José Picanço de Miranda Júnior.
Ao abrir a sessão solene, Vianna chamou a atenção à desvalorização da classe médica e a inversão de valores por parte da população e de governantes para com a categoria, atualmente tratada com descaso, por ser, inadequadamente, responsabilizada pelo caos da saúde pública em todo país.
Vianna falou ainda sobre a aprovação da Lei nº 6.393/2019 que institui Política Distrital de Segurança e Saúde no Trabalho (PDSST), aos servidores públicos de todo GDF. O deputado lembrou ainda o Projeto de Lei nº 464/2019, em tramitação na CLDF, para instituir o Dia do Médico, comemorado em 18 de outubro, no calendário oficial do Distrito Federal.
Com a contadora de histórias, Nyedja Gennari, os profissionais de saúde e familiares foram contemplados com uma viagem à história da medicina, após recitar o juramento de Hipócrates, filósofo grego, considerado o pai da medicina.
A distrital, Arlete Sampaio, chamou os colegas médicos a realizarem uma reflexão sobre o espaço de trabalho, da classe médica, ao lembrar o sucateamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e também a deterioração da iniciativa privada, sobretudo em decorrência da saúde suplementar, o que proporciona subpagamentos aos profissionais de saúde.
Segundo Lucilene Florêncio, secretária adjunta da SES-DF atualmente conta com um corpo efetivo de 5.216 médicos, de um total de 15.500 que atuam em todo o DF, número, insuficiente, para atender toda a população do DF, disse ao observar que a pasta deve dar posse, nos próximos dias, 106 médicos de família e outros 80 especialistas.
Cosac, presidente da AMB, chamou atenção para uma série de preocupações por parte da classe médica, dentre esses, a manutenção da revalidação do diploma, para estudantes formados no exterior, o desaparelhamento do SUS, projetos de leis, apresentados no Congresso Nacional e a descaracterização da Medida Provisória nº 890/2019, que segundo o médico, pode comprometer a segurança do paciente e da população.
Rosylane Rocha, conselheira do CFM, por sua vez, também enfatizou a necessidade do Revalida e da valorização dos médicos. “Médicos no Brasil é aquele que tenha CRM registrado. Todos os médicos que estudam foram são aqui muito bem-vindos. Sejam formados em Harvard, Cuba, Bolívia, de onde for. A única coisa que precisa fazer é certificar pelo Revalida, a sua formação”, disse ao observar que “a lei é para todos e ninguém está acima dela.”, concluiu.
Acompanhe a sessão:
Fonte: Jorge Vianna