Médicos residentes reforçam as equipes de Saúde da Família do DF

Ao todo, são 60 profissionais do programa de residência aprovados para atuar em todo o DF



As equipes de saúde da família terão reforço para atuação em todas as regiões de saúde do Distrito Federal. Após firmar contrato temporário com 500 agentes comunitários e dar posse a novos enfermeiros da área, a Secretaria anunciou a aprovação de 60 médicos para o programa de residência em medicina de família e comunidade. O edital foi divulgado no dia 4 de novembro.

Os 60 médicos vão trabalhar nas unidades básicas de saúde acompanhados por médicos preceptores. Ao longo de dois anos, os residentes vão realizar consultas individuais, procedimentos e atividades de educação em saúde. Também vão realizar atendimentos em domicílio, atividades educativas em grupo na comunidade, reconhecimento de áreas de vulnerabilidades econômicas, sociais, epidemiológicas ou comportamentais.

Segundo o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Fernando Erick Damasceno, este novo programa de residência será um marco para o Distrito Federal. “Brasília se torna um dos pólos mais importantes de formação de medicina comunitária e de família do Brasil, e isso vai ser um divisor de águas para a gente”, afirma. De acordo com o médico, que fez a residência na área pela Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências e Saúde (Fepecs), o programa também ajudará a fortalecer a Atenção Primária nas regiões de saúde do DF.

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“Serviços estruturados com equipes qualificadas na Atenção Primária à Saúde são capazes de resolver em torno de 80% das necessidades de saúde, com eficácia e humanização, promovendo um cuidado integral e ao longo da vida das pessoas e de seus familiares”, diz a Subsecretária de Atenção Integral à Saúde, Paula Lawall. De acordo com a gestora, um dos papéis desses profissionais é ampliar a compreensão das comunidades sobre o papel da Atenção Primária à Saúde.

Especialidade em alta

Mestre em saúde da família pela Fiocruz, Paula Lawall explica que a especialidade cresceu aproximadamente 30% em dois anos, em todo o País, atraindo um número crescente de profissionais. “É uma especialidade que está presente nos mais variados cenários, como centros urbanos, áreas de risco, rurais, indígenas, ribeirinhas e quilombolas com um escopo amplo de atuação”, explica.

No programa de residência conduzido pela Secretaria de Saúde, os futuros especialistas na área devem ter contato com uma visão holística do cuidado com as famílias e as comunidades, incluindo os contextos biológico, psicológico e social e suas interações.

A expectativa da Secretaria de Saúde é abrir novos editais de residência na área, possibilitando integrar um residente em 120 das 605 equipes de saúde da família que atualmente trabalham no Distrito Federal. O programa deverá ter caráter permanente. Também tramita na Secretaria de Economia o processo para um futuro concurso público para médicos de família e de comunidade.

Cobertura territorial

Hoje, o DF tem o maior número de equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) credenciadas junto ao Ministério da Saúde, desde o início deste modelo assistencial, com cobertura em 83% do território local. As equipes são compostas por um enfermeiro, um médico, dois técnicos de enfermagem e até seis agentes comunitários de saúde. Em 2020, a Atenção Primária realizou, ao todo, 4.431.734 procedimentos – número que inclui 277.657 visitas domiciliares e 2.291.320 atendimentos.



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FONTESecretaria de Saúde
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