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22 nov 2024 08:00


“Minha arma é a minha voz e o povo precisa dela”, diz Márcia Alencar

A ex-secretária de Segurança do Governo Rollemberg, Márcia Alencar acredita que pode ocupar uma das 24 cadeiras da Câmara Legislativa, como deputada distrital pelo PSB, nestas eleições. A socióloga, psicóloga e formada em gestão pública e direito, acredita que terá muitos votos dentro das corporações policiais e dos movimentos sociais, bem como aposta na reeleição de  Rollemberg

Por Toni Duarte

A pernambucana Márcia Alencar, foi a secretária de Segurança Pública do governo Rollemberg que mais ganhou notoriedade no seu curto período, de 1 ano de cinco mês que permaneceu  à frente da pasta, por dois motivos: o primeiro por ser a primeira mulher a comandar a segurança pública da capital da República.

O segundo, por ter sido o ano de 2016, um dos mais conturbados da história política do país, onde Brasília transformou-se no caldeirão da discórdia, com as mais de 150 manifestações na Esplanada, gritando contra e a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Apesar disso, tudo transcorreu sem mortes, embora tenha tido ocorrências de incêndios aos prédios públicos e depredações a lojas, fatos considerados normais em ambientes de conflitos em qualquer parte do mundo.

Diferente de muitos socialistas, a ex-secretária de segurança e agora pré-candidata a deputada distrital pelo PSB-DF, não teve nenhum receio de aceitar o convite do Radar, site extremamente crítico a gestão de Rodrigo  Rollemberg, carimbado como o pior governador da história de Brasília.

“Não fujo ao debate e nem aos questionamentos partam da onde partirem”, disse.

Ela fez questão de falar um pouco de sua trajetória no comando da Segurança Pública do DF,  gestão  criticada  por grupos corporativos ligados as três forças: Polícia Civil. Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.

“Fui muito perseguida por esses grupos  que acham que a segurança pública tem que ser comanda por homens,  desde que sejam  estes ligados as suas corporações. Esses grupos  tentaram desconstruir o meu trabalho pelo simples fato de ser mulher, e por ter implantado  a política do diálogo com a sociedade e, em especial, com os movimentos sociais”, disse.

Ela afirmou que tentaram lhe colocar a pecha “de alguém que surgiu do além, que caiu de pára-quedas, mesmo sabendo que estou em Brasília desde 2000 e sempre trabalhando como técnica na área da segurança pública”.

“Usaram historinhas inconsistentes. Minha vida é limpa. Nunca tive história com nenhum TCU’s da vida por ser gestora de  órgãos dos inúmeros governos que já passei”, completou.

Márcia Alencar garantiu que não carrega mágoa contra aqueles que a atacaram  por comandar a pasta de segurança do Distrito Federal.

“Tenho apenas a necessidade de que algumas versões sejam esclarecidas. Não sou forasteira, tenho uma relação extremamente positiva com a Polícia Militar, com a Polícia Civil, com o Corpo de Bombeiros Militares, Detran e com o Sistema Penitenciário”.

A socióloga que concentrou a sua vida profissional, ligada a gestão de segurança pública, penitenciária e de justiça, afirmou que para chegar à onde chegou ralou muito no mundo academicista e submeteu-se a concurso internacional, o qual foi selecionada para trabalhar em países da América Latina ou na Ásia, mas ficou em Moçambique, na África.

Em 2013, segundo ela, governador de Pernambuco, Eduardo Campos, lhe convidou para que implantasse, por sua capacidade técnica, uma nova mentalidade na área da segurança pública, em Jaboatão dos Guararapes, a segunda maior cidade do estado, experiência piloto que promoveu uma drástica redução nos índices de homicídios na região contígua a capital pernambucana.

“As taxas de homicídios diminuíram e isso foi muito emblemático para a minha carreira como técnica”, contou.

Foi com esse conhecimento técnico que Márcia Alencar chegou ao governo de Brasília, inicialmente como sub-secretária de Segurança Pública. Em seguida tornou-se a titular da pasta.

No meio dos 24 ex-secretários de segurança pública que compõem a galeria de fotos,  está  o retrato da única mulher entre os homens que passaram por lá.

“Sou uma pessoa forjada no diálogo social e sempre entendi que segurança pública não é um assunto exclusivo de polícia. Não dá para fazer segurança sem fazer também ações sociais e de infraestrutura”, aponta.

Para Márcia, o diálogo não é para cooptar pessoas para ser “X-9” ou informantes, mas  para ter parceiros nas  comunidades  com a responsabilidade para construir consensos.

“Eu dei voz aos movimentos sociais sem agredi-los. Na minha sala, vinha do Brasil Livre ao MST. Criamos articulações sociais e políticas as quais se tornaram uma história de referência para mim”.

Por fim, Márcia Alencar afirmou que decidiu colocar o seu nome a aprovação das urnas, como pré-candidata a distrital, por entender que se sente legítima moradora  de Brasília, a capital de todos os brasileiros, onde vive  há exatos 18 anos com a  família.

“Eu  acredito e vamos lutar pela reeleição do governador Rodrigo Rollemberg, por ser essa luta um  instrumento fundamental para a continuidade do legado socialista deixado por Eduardo Campos ao País”, afirmou.

Fonte: Radar-DF

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