Ministério da Saúde apresenta novos números e faz balanço de ações contra pandemia

Mais de 1.300 centros são habilitados a receber pacientes de covid-19



Por Jonas Valente

O Ministério da Saúde fez hoje um balanço das medidas adotadas até o momento para enfrentamento à pandemia. Representantes da pasta falaram sobre envio de insumos, habilitação de leitos, encaminhamento de medicamentos e destinação de recursos.

Até o momento, foram disponibilizados a estados e municípios 10.328 ventiladores pulmonares. O estado mais atendido foi o Rio de Janeiro, com 1,06 milhão. Também foram destinados 241 milhões de unidades de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) às autoridades locais de saúde. O estado mais contemplado foi São Paulo, com 39,6 milhões de unidades de EPI.

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Segundo o órgão, foram habilitados 12.005 leitos de UTI (unidade de terapia intensiva) exclusivos para tratamento da covid-19. Isso equivale a R$ 1,7 bilhão de reais. O estado mais beneficiado foi São Paulo, com 2.731 estruturas deste tipo.

O MS credenciou a implantação de 1.308 centros de atendimento para o enfrentamento da covid-19. O projeto foi criado pela pasta para que municípios possam montar espaços voltados ao atendimento de casos mais leves, fazendo a triagem e encaminhando para unidades de saúde quando necessário.

O órgão credenciou também 360 centros comunitários. “São aqueles colocados em comunidades e nas favelas para atender à população na atenção primária”, lembrou o secretário executivo da pasta, Élcio Franco.

Recursos

O volume de recursos repassados a estados e municípios até o momento totalizou R$ 19,9 bilhões. O montante representa 47% dos R$ 41,7 bilhões em créditos extras do governo federal para ações voltadas à prevenção e combate à pandemia.

De acordo com o secretário executivo, o valor restante da linha de créditos extras ainda não foi executado por falta de projetos municipais.

Da soma encaminhada, R$ 13,3 bilhões foram destinados a municípios e R$ 5,8 bilhões, a estados. A equipe do MS voltou a divulgar o volume de recursos constantes nas contas dos fundos desses entes da Federação, R$ 25,2 bilhões, como forma de mostrar que também há verba não executada pelas autoridades locais de saúde.

Medicamentos

O Ministério da Saúde repassou 5,3 milhões de unidades de hidroxicloroquina. A pasta encaminhou também 14,7 milhões de unidades de fosfato de oseltamivir, conhecido comercialmente como Tamiflu.

Sobre os medicamentos para entubação – que enfrentam desabastecimento e são de grande demanda estadual – foram obtidos quatro milhões de unidades de remédios diversos por meio de requisição administrativa entre 26 de junho e 19 de agosto. Na distribuição regional, foram 1,44 milhão de doses para a Região Sudeste, 1,2 milhão para a Nordeste, 526 mil para a Norte, 439 mil para a Centro-Oeste e 362 mil para a Sul.

O pregão eletrônico anunciado pela pasta está em andamento. Dois dos nove itens licitados atingiram 100%. “Estamos na elaboração de um segundo pregão para aqueles que não atingiram a demanda informada pelo Conass [Conselho Nacional dos Secretários de Saúde]”, disse o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto.

Saúde indígena

Segundo os representantes da Saúde, operações constantes estão sendo realizadas em áreas de população indígena. No Mato Grosso do Sul, em uma dessas operações, 5.364 atendimentos de apoio médico foram realizados.

Um projeto do Ministério da Saúde, juntamente com o Ministério das Comunicações, visa conectar distritos indígenas através de ações de saúde. Segundo a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), mais de R$ 70 milhões já foram investidos em ações para garantir a saúde dos povos tradicionais da Região Norte.



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FONTEAgência Brasil
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