O Hospital Regional de Santa Maria recebeu nesta sexta-feira (8) a visita técnica de membros do Ministério da Saúde para tratar dos atendimentos voltados aos pacientes com dengue. O órgão federal está fazendo visitas em todos as unidades da Federação que decretaram situação de emergência por conta da epidemia de dengue, como é o caso do Distrito Federal.
Todas as chefias responsáveis pelos atendimentos na Região Sul, incluindo unidades básicas de saúde (UBSs), Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e hospitais, estavam no encontro que se iniciou pelo HRSM.
“Nosso objetivo é contribuir e orientar como deve ser o manejo adequado feito pela assistência para evitar que ocorram tantos óbitos. A forma de atender epidemia de dengue tipo 2, que é a mais grave e que está afetando o DF, é completamente diferente do manejo clínico para dengue tipo 1, que é a que a maioria está acostumado a tratar aqui”, explica a representante do Ministério da Saúde, Lúcia Silveira.
“Nosso hospital está de portas abertas para todos os órgãos de controle e vemos essa visita como positiva, pois nos ajuda a melhorar os fluxos de atendimento”
Eliane Abreu, superintendente do HRSM
Segundo ela, o paciente precisa ser orientado, ter hidratação correta e ser assistido corretamente com olhar humanizado por parte da equipe, sem poder ser liberado antes de passar por uma reavaliação criteriosa. “Este tipo de dengue é muito mais preocupante porque o paciente sai do hospital de manhã e, se não se hidratar corretamente, pode piorar dentro de poucas horas. Por isso, crianças, idosos e pessoas com comorbidades são do grupo de risco”, completa.
A equipe técnica visitou o pronto-socorro do HRSM e fez o caminho que o paciente realiza durante o atendimento, desde a chegada até a entrada no consultório. Algumas solicitações foram repassadas para a equipe, como a oferta de água na área de espera dos pacientes, o oferecimento de senhas com a opção dengue no totem, a implementação de uma sala de classificação e um consultório médico exclusivos para atendimento de pacientes com dengue.
Além disso, orientaram que o enfermeiro classificador possa inicialmente solicitar hemograma e exames de sangue dos pacientes para agilizar o atendimento e reduzir o tempo de permanência, além de implementação da ficha de atendimento para dengue e disponibilização de hemograma para pacientes classificados como verdes.
“Nosso hospital está de portas abertas para todos os órgãos de controle e vemos essa visita como positiva, pois nos ajuda a melhorar os fluxos de atendimento. Alguns serão resolvidos de imediato, como a oferta de água e mudança na ficha de atendimento para dengue. Outros, um pouco mais complexos, como a abertura de um consultório exclusivo, será discutido com a presidência do instituto e a equipe técnica”, explica a superintendente do HRSM, Eliane Abreu.