Ministério da Saúde promove seminário sobre financiamento do SUS



Melhorias na Atenção Primária do DF foram apresentadas

Por Leandro Ciprian

As ações adotadas para melhorar o acesso da população aos serviços básicos de saúde do Distrito Federal foram apresentadas, nesta quarta-feira (13), na abertura do Seminário Internacional sobre Financiamento da Atenção Primária à Saúde, realizado em Brasília.

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Presente à abertura do evento, a secretaria-adjunta de Assistência à Saúde, Lucilene Florêncio, representou o secretário de Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto. Na ocasião, a gestora pontuou algumas das medidas em curso na Atenção Primaria local.

Entre elas, a ampliação do horário de atendimento para até as 22 horas em 19 unidades básicas de saúde (UBS), medida aprovada pela população do DF. Outra iniciativa é o PlanificaSUS, que integra os níveis de atenção Primária e Secundária, para melhorar o atendimento à população.

Na Região de Saúde Leste, onde começou o projeto-piloto do PlanificaSUS, houve uma redução de 50% na quantidade de pacientes com AVC atendidos na rede pública. “Tivemos boas experiências na Região Leste e estamos avançando para as regiões Sudoeste e Centro-Sul”, informou a secretária.

A gestora também destacou a importância de descentralizar os serviços de saúde, para implementar ações com mais efetividade na rede pública. “Temos grandes regiões de saúde, mas o Distrito Federal ainda é visto como uma única unidade com 3 milhões de habitantes. É preciso trabalhar no sentido de que a descentralização aconteça, para que todos os avanços que hoje existem no Brasil o DF também possa experimentar, para garantir mais qualidade no atendimento à população”, ressaltou a secretaria-adjunta.

Seminário

O evento, realizado pelo Ministério da Saúde e o Banco Mundial, promoveu debates sobre diferentes propostas de financiamento para o Sistema Único de Saúde (SUS), em especial, a Atenção Primária à Saúde (APS).

Segundo o secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Erno Harzheim, mudar a forma de financiamento para o SUS é necessário para acompanhar os avanços e garantir o acesso de 50 milhões de brasileiros que não estão cadastrados nas equipes de Saúde da Família em todo o País.

“Mudar o financiamento é uma alteração estrutural de grande magnitude. Ela foi feita dentro do Ministério da Saúde, com apoio do Banco Mundial, levada para discussões internas e externas no Brasil inteiro. Tudo isso antes de ser publicada, com foco em quem precisa mais”, detalhou Harzheim.

Chamado de Previne Brasil, o programa federal prevê alterações nos procedimentos de repasse de recursos do SUS para aumentar a verba para os municípios. A ideia é melhorar principalmente os serviços de saúde da Atenção Primária, que cuida dos problemas mais frequentes, como diabetes e hipertensão, por meio de consultas médicas, exames e vacinação.

Para o especialista em modelos de financiamento da APS e professor da Universidade de Harvard, Robert Janett, investir na Atenção Primária é um passo correto para reduzir gastos na Atenção Secundária e na rede hospitalar. “O que sabemos é que países com mais cuidados básicos têm as melhores condições de saúde. A Tailândia melhorou seus indicadores conforme a proporção de investimento”,exemplificou.

Inovação

Foi construído um painel pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) com a simulação de mudança de financiamento do Ministério da Saúde. Os dados podem ser acessados aqui.

Fonte: Agência Saúde DF



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