Por Rita Yoshimine e Walder Galvão
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), com o apoio da Polícia Civil, deflagrou, nesta quarta-feira (18), uma operação que investiga suposto superfaturamento na contratação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) pelo Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do DF (Iges-DF).
Um dos alvos é o ex-secretário de Saúde do DF, Francisco Araújo, que chegou a ser preso no âmbito da operação Falso Negativo, que apura fraudes na compra de testes rápidos para Covid-19. Araújo também já chefiou o Iges-DF e, nesta quarta-feira, está em viagem em Manaus (AM) (veja mais abaixo).
A suspeita é de que ocorreram desvios milionários em contratos de empresas terceirizadas que forneciam leitos entre março e outubro de 2020, durante a pandemia de Covid-19.
A defesa do ex-secretário disse que “não teve acesso aos autos”, mas que se pronunciará quando souber do teor da investigação. Em nota, o Iges-DF disse que a ação mira “contratos firmados em gestões anteriores” e que reforça ações de controle interno, como reforço de auditorias. “Esse trabalho vem sendo feito rigorosamente pela controladoria interna. Caso sejam identificadas irregularidades, providências serão adotadas para solucioná-las”, disse o texto.
“O Iges-DF ressalta ainda que vem prestando todas as informações solicitadas pelos órgãos de controle interno, como o Ministério Público, o Tribunal de Contas e a Câmara Legislativa do DF”, afirmou a entidade.