Ministro do Trabalho da Alemanha, Humbertus Heil é recebido pelo Cofen para tratar de intercâmbio de enfermeiros

“A gente se entende tão bem que parecemos falar a mesma língua”, exaltou Heil



O ministro do trabalho e de assuntos sociais da Alemanha, Humbertus Heil, se reuniu com o vice-presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Antônio Marcos Gomes, na tarde desta segunda-feira (5), para agradecer a parceria com a entidade brasileira e para aprofundar o acordo de cooperação técnica firmado com o Brasil, com o objetivo de facilitar a imigração e entrada de profissionais brasileiros no mercado de saúde alemão.

“Para nós, é uma honra receber a delegação alemã, que busca o Brasil para melhorar os serviços de saúde do seu país. O Cofen vai dar todo o apoio e suporte necessário para que essa parceria seja bem-sucedida e proporcione oportunidades de desenvolvimento para os dois países e, sobretudo, para a Enfermagem. Nós acreditamos fielmente na seriedade do trabalho desenvolvido pelas duas partes”, destacou o vice-presidente do Cofen, Antônio Marcos Gomes.

acordo de cooperação técnica entre o Cofen, o governo da Alemanha e a Agência Federal de Emprego Alemã (Bundesagentur für Arbeit) foi assinado em junho de 2022 e já aconteceram três processos seletivos dentro das regras previstas no convênio. Atualmente, já existem 200 profissionais de Enfermagem brasileiros atuando na Alemanha e mais 384 em processo de formação.

Publicidade

“A gente se entende tão bem que parecemos falar a mesma língua. Vamos fazer todo o esforço necessário para que essa pequena planta se torne uma grande árvore. O nosso país está de portas abertas para os profissionais de Enfermagem brasileiros”, disse o ministro Humbertus Heil.

Heil esteve no Cofen acompanhado da diretora de serviços e assuntos internacionais da Bundesagentur für Arbeit, Vanessa Ahuja. “Ainda na pandemia, identificamos a necessidade de contar com profissionais estrangeiros para fortalecer nosso sistema de saúde. Esperamos contratar até 700 profissionais de Enfermagem brasileiros por ano daqui em diante, sem risco de endividamento e com toda a segurança necessária”, frisou. Todos os custos de transporte, formação e moradia são pagos pelo governo alemão.

Para se candidatar a essas vagas, o profissional brasileiro deve ter concluído o curso de graduação em Enfermagem em uma instituição de ensino reconhecida pelo MEC e possuir inscrição profissional no Conselho Regional de Enfermagem ao qual estiver veiculado. Os candidatos selecionados farão curso de alemão até atingir o nível B1 (intermediário), de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas (CEFR), para fazer o exame de proficiência. Durante esse processo, que exige dedicação exclusiva, os participantes recebemo uma bolsa de 500 euros. Uma vez aprovado, o trabalhador estará apto a ir para Alemanha e será indicada uma pessoa responsável para ajudar na integração profissional e cotidiana.

Ao ir para Alemanha, os candidatos serão inicialmente colocados na função de assistente de cuidados, que desempenharão até que a equivalência da qualificação profissional seja reconhecida ou até que seja concedida a autorização para o exercício das atividades profissionais de Enfermagem. A pessoa terá três anos para obter a equivalência e a autorização definitiva para o exercício das atividades profissionais na Alemanha. Do contrário, deverá retornar ao Brasil.

O presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF), Elissandro Noronha, revelou que a oferta de trabalho na Alemanha gera muito interesse. “Sempre que divulgamos os editais, milhares de pessoas se candidatam. Esse convênio expressa a chance de uma vida melhor para quem deseja trabalhar e viver em outro país. O Brasil é vocacionado para essas oportunidades e quando elas são oferecidas dentro de um processo seguro, adequado e transparente, tem tudo para dar certo”, ponderou.

Os trabalhadores submetidos aos termos deste acordo estarão sujeitos ao seguro obrigatório no sistema de previdência social alemão, com direito a seguro de saúde, pensão, seguro contra acidentes e seguro desemprego. “O Brasil forma até 100 mil profissionais de Enfermagem por ano. Portanto, temos condições de atender a demanda e desempenhar nossa vocação humanitária onde houver oferta de trabalho justo, seguro e respeitoso, como é o caso”, destacou o secretário do Cofen, Osvaldo Albuquerque Sousa Filho.

Em breve, o Cofen vai divulgar o próximo processo seletivo que será oferecido por meio da parceria com a Alemanha.



Política Distrital nas redes sociais? Curta e Siga em:
YouTube | Instagram | Facebook | Twitter










FONTECOFEN
Artigo anteriorConselhos denunciam falta de fiscalização do EaD na Saúde
Próximo artigoCLDF: Frente em defesa das pessoas transplantadas reforça importância da doação de órgãos