Assembleia, organizada pelos moradores, ocorre em meio a judicialização e tentativa anterior, por parte do então sindico, de se reeleger e suspender processo eletivo, arbitrariamente, para evitar participação de moradores. Eleição virou caso de Polícia
Da Redação
No domingo (25/Nov), cerca de 2 mil moradores do Condomínio Mansões Entre Lagos, no Paranoá, devem realizar uma assembleia para escolha do novo síndico. O caso ocorre após os condôminos questionarem ações suspeitas, por parte do então gestor do Entre Lagos, Adilson Barreto, na função há 16 anos, e terem o processo eletivo interrompido por Barreto (25/Out) ao perceber que poderia perder na disputa. O caso foi parar na polícia, além de ser judicializado, pelo gestor, para tentar evitar a realização de processo seletivo.
Para evitar uma nova assembleia, Barreto ajuizou uma ação junto ao Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT). Com o processo julgado improcedente, impetrou um pedido de tutela provisória, em segunda instância, novamente indeferido, o que garantiu à cerca de 740 moradores, equivalente a equivalente a ¼ dos condôminos, a realização de uma nova assembleia para escolha de um novo síndico.
Decisão em Primeira Instância
Decisão TJDFT em Segunda Instância
Entenda o caso
O caso ocorre após denúncia de moradores, da tentativa de dificultar a participação dos condôminos, no processo eletivo, no final de outubro, para escolha do novo síndico. Entre as dificuldades apresentadas, estava o local de realização da assembleia, situado Centro de Convenções Israel Pinheiro, no Lago Sul, distante 12 quilômetros do Mansões Entre Lagos, maior condomínio do DF.
Porém, ao perceber a presença maciça dos condôminos, e a impossibilidade da reeleição, o síndico fugiu do local sem realizar a assembleia o que causou confusão e se transformou em caso de polícia, pois de acordo com os moradores, Barreto levou as atas e documentos do condomínio.
Também a época, os moradores questionaram a participação, na gestão do condomínio, de ‘funcionário de confiança’ do então síndico, Rodrigo Pereira da Silva, atualmente preso pela Polícia Civil do DF (PCDF), quando funcionário da administração condominial. Prisão essa que ocorreu durante a investigação sobre uma associação criminosa suspeita de vender imóveis de terceiros como se fossem próprios no Entre Lagos.
O grupo usava uma farmácia no Itapoã como uma espécie de quartel-general do crime. O estabelecimento pertence ao homem apontado como chefe do esquema, que movimentou entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões, segundo a PCDF.
A outra parte
Procurado, Política Distrital (PD), não conseguiu contato com Barreto, até a publicação da reportagem.
Com informações do Metrópoles