Moraes: ação do PL deve abranger dois turnos das eleições

Partido alega que houve falha nas urnas no segundo turno



Por Kleber Karpov

Após recebimento de representação, em que o Partido Liberal (PL), partido de Bolsonaro, pede anulação dos votos de parte das urnas, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, concedeu prazo de 24 horas para que o partido faça aditamento da petição — alterações com finalidade de adequar a ação —  na qual pede a anulação de votos das eleições.

Uma das demandas solicitadas por Moraes, por meio de despacho, é a apresentação da relação das urnas supostamente comprometidas. O ministro ponderou ainda que a representação deve abranger os dois turnos do processo eletivo, uma vez que ar urnas, dos modelos UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015, questionados pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Uma vez que tais urnas foram utilizadas nas duas etapas das eleições desse ano.

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“As urnas eletrônicas apontadas na petição inicial foram utilizadas tanto no primeiro turno, quanto no segundo turno das eleições de 2022. Assim, sob pena de indeferimento da inicial, deve a autora aditar a petição inicial para que o pedido abranja ambos os turnos das eleições, no prazo de 24 horas”, decidiu o ministro.

Tiro pela culatra

A iniciativa de Costa Neto, caso insista em levar adiante a contestação dos resultados das urnas, pode se tornar o tiro que saiu pela culatra. No processo eletivo desse ano, o PL elegeu a maior bancada, tanto da Câmara com 99 deputados, seguido pelo PT, com 68, União Brasil (59), PP (47) e MDB (42). No senado, o partido conquistou 15 das 81 cadeiras, seguido pelo PSD (11), União Brasil (10), PT e MDB empatados com nove cada.

Além dos Congressistas, o PL liderou ainda a quantidade de deputados estaduais com 129 parlamentares, seguido do PT com 118 e União Brasil (100), que devem assumir mandato nas assembleias legislativas além da Câmara Legislativa do DF (CLDF).

Costa Neto pode comprometer, ainda, a eleição dos governadores Claudio Casto (RJ) e Claudinho Melo (SC). Sem levar em conta, todos os eleitos da coligação Pelo Bem do Brasil, composto, além do PL, dos partidos Republicanos e Progressistas.



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