Por Kleber Karpov
Após reunião com o secretário de Estado de Economia do DF, Ney Ferraz, nesta terça-feira (11/Fev), intermediada pelo deputado distrital, Jorge Vianna (PSD), à categoria da carreira de Gestão e Assistência Pública à Saúde do Distrito Federal (GAPS) deve realizar assembleia, às 10 horas da manhã desta quarta-feira (12/Fev), no auditório da Câmara Legislativa do DF (CLDF).
A assembleia é convocada pelo Movimento Unificado pela Valorização da carreira GAPS composto pela Associação dos Servidores Públicos da Saúde do DF (ASPSES-DF), e os sindicatos dos Técnicos e Tecnólogos e Auxiliares em Radiologia do Distrito Federal (SINTTAR/DF) e dos Trabalhadores Técnicos e Auxiliares em Saúde Bucal do DF (SINTTASB-DF), após darem início a retomada do processo das negociações salariais da categoria.
Reunião
Durante o encontro com o secretário, Vianna enfatizou a urgência em atender os pleitos da GAPS, há dois anos, na luta para tentar garantir a reestruturação salarial da categoria. O deputado lembrou a condição dos servidores, integrantes da carreira de nível médio, atualmente, dentro da faixa dessas carreiras, com menor salário do GDF, ainda que entreguem resultados essenciais, por comporem a área meio, estratégica para a gestão da saúde pública do Distrito Federal.
Acompanhado da secretária executiva de Gestão Administrativa, Ledamar Rezende, além das assessorias jurídica e financeira, Ferraz discorreu sobre a suspensão das negociações no ano passado, em decorrência do risco na alteração do cálculo do Fundo Constitucional do DF (FCDF), o que poderia levar a um colapso das contas do GDF, em especial, na saúde, educação e segurança.
Ferraz refutou a proposta apresentada pela Secretária de Saúde, que oferecia 27% para os servidores da GAPS, alegando indisponibilidade financeira e orçamentária. Porém, após algumas ponderações das lideranças presentes, Ledamar discorreu sobre o que a Economia estaria disposta a acatar e dar seguimento, com a apresentação de cenário com percentual sugerido, bem como a redução de padrões, que já estava pacificado entre as partes.
Ressentimento com o SindSaúde-DF
PDNews conversou com alguns servidores da GAPS e é unânime o ressentimento com a conduta da Presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, por participar da reunião, em 20 de setembro de 2024, por meio de vídeo conferência, com as entidades, com Vianna e a Secretária de Estado de Saúde do DF (SES-DF), Lucilene Florêncio, para dizer que, o “SindSaúde defendia que os 15% e a redução dos padrões para a GAPS, que estava muito bom!”.
Segundo um GAPS que pediu sigilo da identidade, “o que enraivece os servidores é que, no momento que ela fez a entrada triunfal para ‘botar preço’ na categoria, a SES e os presentes estavam firmando o acordo dos 27% mais a Gratificação e a redução dos padrões, inclusive com o processo instruído com as declarações da ordenadora de despesas da SES, atestando a capacidade de assumir aquela proposta”, disse.
Ainda de acordo com o GAPS, “depois dessa lambança ou sabe-se lá qual o melhor adjetivo para essa ação da Presidente, os servidores entenderam que, jamais o GDF iria aceitar um reajuste maior, ‘se o maior sindicato já vendeu por menos, por quê pagar mais?'”, concluiu.
Em uma quadra do Lago Sul?
Estranhamente, chamou atenção que a direção do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Brasília (SindSaúde-DF), no que tange ao reajuste à categoria GAPS, dessa vez, sequer por video-conferência, participou da reunião com o secretário de Economia.
Será que a cúpula da direção e de funcionários com ‘cargos estratégicos’ se acostumaram com o luxo ou aconchego do novo quartel general do SinSaúde-DF, na Casa 8 da QI 29, Conjunto 9, do Lago Sul. Espaço esse, reservado a cúpula do sindicato, com endereço guardado, hipoteticamente, a sete chaves, para que os. sindicalizados não incomodem a direção do Sindicato?
Assembleia
A partir das deliberações na reunião, os representantes do Movimento Unificado decidiram convocar imediatamente uma assembléia para que, a categoria fosse informada sobre tabelas e prazos e pudesse exercer o seu poder decisório de aprovar ou não.
