Neste momento de crise sanitária e isolamento social, as redes sociais, o WhatsApp e os demais aplicativos de mensagens instantâneas têm sido usados com frequência por golpistas para atrair e lesar cidadãos. O alerta é do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que publicou nesta sexta – feira, 17 de abril, um vídeo com orientações sobre como se proteger. As dicas são do promotor de Justiça Leonardo Otreira, que integra o Núcleo de Combate a Crimes Cibernéticos (Ncyber).
Ele explica que entre os métodos utilizados pelos golpistas para chamar a atenção das vítimas está a oferta de produtos e serviços com preços abaixo daqueles praticados pelo mercado. A comercialização de álcool em gel e demais itens de prevenção ao novo Coronavírus (Covid-19) está entre as “iscas” preferidas pelos criminosos neste período. “O cidadão deve sempre desconfiar de links compartilhados por terceiros nessas plataformas, pois ao clicar nesses endereços, o usuário facilita o acesso dos golpistas aos dados pessoais, informações de aplicativos de bancos e demais arquivos armazenados nos dispositivos das vítimas”, recomenda. O mesmo cuidado deve ser levado em consideração na hora do preenchimento de boletos em sites ou transferências de dinheiro para doações.
O compartilhamento de fake news no ambiente virtual também é um fator preocupante. No vídeo, o Ncyber/MPDFT pede a população para checar a veracidade do conteúdo antes do envio de notícias em grupos privados ou em redes sociais. De acordo com um levantamento da empresa de segurança digital PSafe, cerca de 4,5 milhões de brasileiros tiveram acesso às páginas com conteúdos falsos sobre o Auxilio Emergencial criado pelo Governo Federal para ajudar pessoas de baixa renda durante a pandemia.
O Ncyber foi lançado em maio de 2019. Com a iniciativa, o MPDFT foi um dos pioneiros a se estruturar para o combate a crimes cibernéticos, pois na época, apenas os Ministérios Públicos da Bahia e de Santa Catarina possuíam ações nessa área.
O Núcleo fortalece a atuação do MP ao prestar apoio às Promotorias de Justiça nas atividades investigativas relacionadas às fraudes bancárias, pedofilia, entre outros crimes com origem na internet. A área é coordenada pelos promotores de Justiça Leonardo Otreira e Rodrigo Fogagnolo.
Fonte: MPDFT