A Promotoria de Justiça da Defesa da Infância e da Juventude participou nesta semana de 11 a 14 de dezembro da 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) esteve no encontro com o projeto: “Territórios da Construção de Si: Processos de desinstitucionalização de jovens e adolescentes pela maioridade”. Na segunda-feira, dia 11, as promotoras de Justiça Luisa de Marillac, Rosana Viegas e Carvalho, Karina Rocha e Leslie Carvalho estiveram presentes na Atividade Autogestionada “Saúde Mental das adolescências e juventudes”, realizada em parceria com o MPDFT, Unicef, Rede Pode Falar, Fiocruz, entre outros órgãos, quando adolescentes acolhidos em instituições do Distrito Federal junto a um grupo de delegados jovens vindos de todas as regiões do Brasil puderam expor suas demandas para a política pública de saúde mental e suas propostas para a Conferência.
“Territórios da Construção de Si” é uma pesquisa do MPDFT, em parceria com a FioCruz, que visa ao desenvolvimento de ações que privilegiam a construção da autonomia, a ampliação das trocas sociais e a garantia de acesso a direitos básicos e fundamentais, como saúde, moradia, educação, trabalho e renda a adolescentes.
Para a promotora de Justiça Luisa de Marillac, “a importância da participação dos adolescentes nesta Conferência Nacional está relacionada à própria conquista de autonomia e construção de cidadania, uma vez que têm a oportunidade de vivenciar a democracia participativa prevista constitucionalmente e de se expressarem como sujeitos de direitos, levando para esse momento de monitoramento e construção das políticas públicas de saúde mental a sua perspectiva e demandas peculiares”.
Em continuidade à intervenção cultural e comunicacional que fizeram na 17ª Conferência Nacional de Saúde, em julho, os jovens participaram de uma nova ação, com metodologia de comunicação comunitária da equipe da TV Pinel, com o objetivo de debater sobre a atenção em Saúde Mental na agenda da juventude.
O evento teve também a 13ª Instalação “Morar em Liberdade”, que trouxe o Cine Intervalo, com cerca de 100 curtas e médias metragens que compõem um mundo multifacetado da diversidade e das desigualdades e convidam para um mergulho nas cenas da loucura e das muitas formas de resistências. Reunindo fotografias, vídeos, colagens e bordados, apresenta a vida cotidiana de ex-pacientes, egressos do sistema psiquiátrico, e dos trabalhadores que vêm reconstruindo essas existências pelo convívio social nas cidades mineiras de Barbacena e Juiz de Fora e na cidade carioca de Paracambi.
Os adolescentes acolhidos participaram ainda, nos 15 dias antes da conferência, de oficinas de preparação para as ações, com reflexões sobre desinstitucionalização, direito à saúde, participação social e agenda de políticas públicas para juventude.