Data tem como objetivo, conscientizar, diminuir, ou até mesmo erradicar todo o preconceito e a desvalorização que acometem as mulheres
Por Kleber Karpov
A Câmara Legislativa do DF (CLDF) comemorou em sessão solene, na manhã desta sexta-feira (27/Abr), o Dia Nacional da Mulher, comemorado no dia 30 de abril. O plenário lotado foi palco de manifestações, em reconhecimento ao papel das mulher na sociedade. Mas temas preocupantes, a exemplo do crescimento de casos de violência domestica, também foram discutidos. Na ocasião, 70 mulheres foram homenageadas.
Uma das idealizadoras do evento, a deputada distrital, Telma Rufino (PROS), destacou a importância da valorização do papel da mulher. “Só nós sabemos de nossas dificuldades no dia a dia. Mulher tem que ser homenageada todos os dias. Também é um momento para refletirmos sobre nossos problemas”, disse.
A deputada distrital e procuradora da Mulher na CLDF, Celina Leão (PP) lembrou a origem da data, criada em junho de 1980, além de demonstrar preocupação com o crescimento da violência doméstica. De acordo com a parlamentar, em 2017, os casos aumentaram em 12%, com mais de 14 mil casos registrados.
Durante o evento, o presidente da CLDF, deputado Joe Valle (PDT), também abordou a questão da da violência contra a mulher, tem frequentemente discutido na Casa. Valle aproveitou a sessão para destacar o trabalho desenvolvido pelas mulheres parlamentares, que, segundo ele, desempenham trabalho fundamental no Legislativo local.
Dia Nacional da Mulher
Essa data foi instituída em 1980, através da lei nº 6.791, de 9 de junho do mesmo ano, em homenagem à Jerônima Mesquita, uma enfermeira brasileira que liderou o movimento feminista no Brasil, o Movimento Bandeirante, que tinha como principal objetivo, promover a inserção da mulher em todas as áreas da sociedade. Jerônima esteve envolvida também, na Criação do Conselho Nacional das Mulheres.
Embora com pouca difusão no país, a data tem como objetivo, conscientizar, diminuir, ou até mesmo erradicar todo o preconceito e a desvalorização que acometem as mulheres. Além de reforçar o desenvolvimento e reeducação social sobre os direitos que as mulheres devem ter na sociedade. Isso porque, ao longo dos anos, as mulheres enfrentaram muitas restrições nas diversas sociedades predominantemente machistas e patriarcais.
Embora o mundo atual passe por uma transformação em termos de culturas e ideias, o sexismo influencia negativamente as mulheres, já que as mesmas ainda, sentem as diferenças em relação ao sexo oposto como: salários mais baixos, violência, jornadas excessivas de trabalho, desvantagens que atrapalham a qualidade de vida e o crescimento da carreira profissional.
A dermatologista e psicóloga Lúcia Miranda afirmou que as mulheres devem acreditar no seu potencial e usar esta força em todas as suas atividades. “Nossa autoestima tem que estar sempre em primeiro lugar”, assinalou.
Com informações da CLDF / Ascom Celina Leão