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26 dez 2024 10:53


Mutirão de reconstrução mamária no HRT destaca dedicação dos profissionais de saúde

Iniciativa já beneficiou 225 mulheres; secretário de Saúde ressaltou dedicação dos servidores e voluntários

“Não é só a cirurgia. É o caráter humanitário”. É assim que o secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache, define o mutirão de reconstrução mamária do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). O gestor participou hoje (19) do evento oficial de lançamento da iniciativa que deve beneficiar 49 mulheres até a próxima sexta-feira (22).

Com o slogan Reconstruir é um ato de amor. Não deixe que suas cicatrizes de guerra ofusquem a beleza da sua vitória, o projeto tem como objetivo reconstruir as mamas de mulheres mastectomizadas e, assim, contribuir para o resgate da autoestima e da autoconfiança das pacientes. Desde o primeiro mutirão, em 2016, já passaram pelas cirurgias 225 mulheres. Em 2021, sete mulheres também passarão pela reconstituição visual das aréolas por meio do procedimento de micropigmentação.

Durante a solenidade, o secretário de Saúde também elogiou o trabalho dos servidores e dos 130 voluntários, incluindo 38 cirurgiões, 24 anestesistas, 10 enfermeiros e 30 técnicos de enfermagem, além de profissionais de esterilização e preparo de equipamentos, maquiadores, cabeleireiros, manicures, tatuadores e até da área de decoração. A decoração, especial para o Outubro Rosa, faz parte da estratégia de acolhimento das pacientes. “Esta atitude é o que faz este hospital”, completou.

À frente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o médico Sílvio Ferreira lembrou o desafio para realizar o mutirão pelo segundo ano seguido em um contexto de pandemia, algo possível graças à dedicação dos envolvidos. “Técnicas complexas de cirurgia podem recuperar a mama, mas nada supera o carinho com os pacientes”, afirmou. Voluntários da entidade também participarão de cirurgias ao longo deste mês no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e no Hospital Regional de Ceilândia (HRC).

A secretária da Mulher do Distrito Federal, Ericka Filipeli, lembrou das políticas públicas para o público feminino. “Quando a gente fala de saúde da mulher, não falamos apenas de uma ação, mas de um direito”, disse.

Somente neste mês, houve a inauguração do mamógrafo do Centro Especializado em Saúde da Mulher (Cesmu), a capacitação de profissionais das unidades básica de saúde e o início da campanha “Dignidade Feminina”, voltada para os cuidados íntimos durante o período menstrual.

Já o deputado Jorge Viana fez elogios aos profissionais das equipes de apoio do HRT e ressaltou o início da construção do Hospital Oncológico Dr. Jofran Frejat, que ficará ao lado do Hospital da Criança. A pedra fundamental do prédio foi lançada em junho pelo governador Ibaneis Rocha. “A gente não pode deixar de valorizar esse grande hospital”, afirmou o deputado. Segundo ele, isso permitirá a realização de mutirões como o realizado pelo HRT ao longo de todo o ano.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, o câncer de mama é o mais frequente entre mulheres, correspondendo a 43,74% dos novos casos em 2021. Em 2020, foram 66.280 casos de câncer de mama registrados no Brasil, sendo 730 no DF. Também é o mais letal, com 18.068 registros de óbito em 2019.

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