“Na verdade, esse pessoal está querendo é ganhar dinheiro as custas do serviço público”, afirma Jofran Frejat sobre extensão do IHBDF



Ex-secretário de saúde, por quatro vezes, Frejat é categórico ao condenar extensão de modelo para outras unidades de saúde do DF

Da Redação

Em áudios do médico e ex-secretário de saúde do DF, Jofran Frejat (PR), vazados nesta quarta-feira (23/Jan),  Frejat voltou a condenar a extensão do modelo de gestão do Instituto Hospital de Base do DF (IHBDF), para outras unidades de saúde do DF. Principal voz, do governador eleito, Ibaneis Rocha (MDB), durante a equipe de transição de governo, desistiu da candidatura ao GDF, mesmo com aprovação de 25% do eleitorado brasilense.

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Embora já na equipe de transição, Frejat tenha se posicionado contrário a manutenção do IHBDF, Ibaneis, ainda assim recuou em relação a acabar com o Instituto, e ao contrário do que se esperava, tenta aprovar umProjeto de Lei (PL) 001/2019,na Câmara Legislativa do DF (CLDF), que pretende estender o modelo do Instituto Hospital de Base do DF (IHBDF) para, o Instituto de Gestão Estratégica da Saúde (IGESDF), , para ampliar para outras unidades de saúde do DF.

Em um dos áudios, Frejat condena a tentativa de se entregar a gestão da média e alta complexidade, para a iniciativa privada, por se tratar de procedimentos considerados caros, e do desinteresse das Organizações Sociais (OSs) em gerir, por exemplo, a Atenção Básica e vacinas.

“Acho que é um grande erro o que estão fazendo. Chamo atenção para você o seguinte, nessa última proposta, estão dizendo que vão terceirizar organização social, o Hospital de Base, de Taguatinga, HMIB, agora os centros de saúde, esses não vão mexer, pelo menos agora. Foi a mesma coisa que disse anteriormente. Porque as organizações sociais não querem participar do sistema de atenção primária e vacinação. Porque não dá dinheiro, não dá lucro. Agora quando é alta e média complexidade interessa, cirurgia cardíaca, órtese e prótese, câncer, isso interessa, por que da dinheiro. Na verdade esse pessoal está querendo é ganhar dinheiro as custas do serviço público e querem desconstruir o SUS que é o maior programa de inclusão social que esse país já teve. Maior que o Bolsa Família e que vários outros. Agora dá uma lida nos meus dois artigos e verifica o tanto que tranquilidade e consciência que os servidores do Distrito Federal, sempre tiveram com a a população.”.

Justificativas

Também nesta quarta-feira (23/Jan), em entrevista à Rádio CBN, o líder do governo na CLDF, Claudio Abrantes (PDT), justificou a tentava de se extender às Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs), além dos hospitais Materno Infantil de Brasília (HMIB), e dos regionais de Taguatinga (HRT) e de Santa Maria (HRSM), como a “total falta de condições do GDF manter as UPAs em funcionamento”.

Alternativas

Porém, na gestão do ex-secretário de Saúde do DF, Fábio Gondim, no início da gestão do ex-governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), a então Subsecretária de Gestão de Pessoas (SUGEP), Flávia Gondim, chegou a estruturar o redimensionamento das UPAs, para que tivessem condições mínimas de funcionamento, dentro dos preceitos estabelecidos pela Ministério da Saúde (MS). Outra ação dos gestores, foi a reestruturação do banco de 40 mil horas extras, ambos os projetos, engavetados pelo ex-secretário de saúde Humberto Fonseca.

O caso chegou a ser denunciado, pelo então vice-presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (SINDATE-DF), Jorge Vianna, atualmente deputado distrital pelo PODEMOS, em audiência pública realizada pelo ainda senador Hélio José (PROS), no Senado Federal.

Sobre o assunto, também em entrevista à CBN, a distrital Arlete Sampaio (PT), lembrou que o governo decretou Estado de Emergência, o que possibilita o GDF contratar profissionais de saúde e realizar a manutenção das unidades de saúde, sem necessariamente, estender o modelo de gestão do IHBDF.

Segundo a distrital, e outros parlamentares, apontam que o IHBDF, ainda permanece sem comprovação de eficiência quanto a modelo de gestão. Nesse sentido Arlete Sampaio lembrou que “é natural o modelo ser bem avaliado, quando o hospital reduz a capacidade de atendimento”, por acabar com a superlotação, por sua vez, escoado para outras unidaes de saúde.

 



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