Nem todo mundo sabe, mas muitos medicamentos afetam nossa cognição e nos deixam, de certa forma, inaptos ou menos aptos a praticar a condução de automóveis. Saiba mais e evite acidentes no nosso trânsito!
A condução de automóveis é uma responsabilidade grande para os indivíduos que adquirem carteiras de motorista. O sonho de ter a liberdade de locomoção também traz uma grande responsabilidade frente aos pedestres e outros motoristas que trafegam no nosso trânsito. Logo, é sempre bom estar ciente dos medicamentos que não devem ser consumidos concomitantemente à prática de condução de automóveis.
Sabemos que existe um ensino intensivo nas autoescolas e que as pessoas que obtêm a carteira passam por um treinamento e testes para garantir sua aptidão, porém, alguns conhecimentos são aprendidos com a própria vivência no trânsito. Então, se você faz ou costuma fazer uso de algum medicamento, que tal saber mais sobre as consequências disso para a sua direção? Veja, aqui, alguns medicamentos que talvez você não saiba que podem prejudicar sua cognição.
· ANTIDEPRESSIVOS: podem causar perda de atenção, além de dificuldade de visão e afins. Aos que fazem uso de tais remédios, a atenção deve ser redobrada, já que a concentração e a vigília são prejudicadas. São responsáveis por inibir seletivamente a receptação de serotonina que, como consequência, desencadeia agitação, tontura, fadiga e até ansiedade.
· ANALGÉSICOS: são os reis da automedicação, usados de forma intensa contra dores em geral, podendo ser confundidos com remédios leves. Podem gerar sérios danos à concentração de um condutor, pois causam sonolência demasiada. Além disso, podem causar euforia, passividade, sedação e até mesmo vertigem.
· BRONCODILATADORES: são as substâncias utilizadas para desobstruir as vias aéreas, que podem ter por consequência, por exemplo, taquicardia, tremores e convulsões. Então, tome cuidado com esses medicamentos e com o seu consumo paralelo ao uso de carros e motos.
· ESTIMULANTES: para os que costumam fazer academia e uso de suplementos, é necessário ter atenção redobrada, já que o uso de estimulantes anteriormente à condução de automóveis pode causar irritabilidade e sono.
· NEUROLÉPTICOS: algumas pessoas precisam desse tipo de medicamento para fazer o tratamento de psicoses, o que pode causar a redução de reflexos, sonolência e outros comprometimentos cognitivos.
· OPIOIDES: são indicados para pessoas que sofrem dores crônicas. Foi encontrado, em estudos, que pacientes em tratamento com morfinas durante longo período estão mais envolvidos em acidentes.
· ANTI-HISTAMÍNICOS: são os famosos antialérgicos. Cerca de metade dos indivíduos tratados com as doses convencionais tem sonolência, além de falta de atenção, tontura ou confusão mental.
· ANTIPSICÓTICOS: para quem sofre com a condição da esquizofrenia, os antipsicóticos acabam sendo recomendados. Pacientes tratados com os medicamentos integrantes desse rol farmacêutico demonstram alterações psicomotoras, diminuição da visão periférica, alteração do estado de vigilância e, por fim e mais grave, perda de memória de longo prazo, elemento que pode colocar em risco tudo o que foi aprendido na autoescola.
Percebemos, portanto, a necessidade de consciência e de informação, por parte dos indivíduos, sobre as substâncias que ingerem e as consequências que isso pode causar para a sua vida e a dos transeuntes. Logo, se você dirige e faz uso de algum tipo de medicamento, seja controlado ou descontinuado, converse sempre com o seu médico ou farmacêutico responsável pela venda para saber mais detalhes sobre os efeitos colaterais e os impactos na condução de veículos.
Existem medicamentos que acabam tendo uma ação depressora, ou seja, que causam sonolência, cansaço, debilidade, tonteira e por aí vai. Todos esses elementos são preocupantes na condução veicular. Ao fazermos uso de um medicamento no exercício de condução automotiva, precisamos ter pleno conhecimento dos efeitos colaterais e adversos que ele pode nos causar. Esse artigo tem o objetivo de alertar, informar e tornar as pessoas cientes da necessidade de atenção a esses detalhes que, infelizmente, podem passar despercebidos.
Em resumo, preste sempre atenção na bula do remédio que está ingerindo. Nela, há recomendações, contraindicações e efeitos colaterais. Logo, conscientes do que está na bula e das restrições que temos frente ao uso dos medicamentos, sabemos o que esperar após o seu uso.
O uso dessas substâncias pode trazer riscos ao motorista, por lhe privar de alguns dos seus sentidos e reflexos.
Entretanto, vale a pena lembrar também das consequências de ser pego dirigindo sob efeito de substâncias psicoativas, especialmente aquelas listadas pelo Ministério da Saúde como _entorpecentes_ (Portaria 344/1998 – SVS/MS). A infração é considerada gravíssima, passível de multa e suspensão do direito de dirigir por doze meses. Caso o motorista sob efeito de medicamentos psicoativos se envolva em um acidente de trânsito, será submetido a testes de alcoolemia, exames clínicos, perícia ou outro exame que, por meios técnicos ou científicos, em aparelhos homologados pelo CONTRAN, permitam certificar seu estado.
Podemos ver tal determinação no artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro.
“Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool, em nível superior a seis decigramas por litro de sangue, ou de qualquer substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica.
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa – retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado e recolhimento do documento de habilitação.
Parágrafo único. A embriaguez também poderá ser apurada na forma do art. 277”
Então, tome cuidado com sua saúde e bem-estar! Lembre-se sempre de estar ciente de todos os efeitos colaterais do tratamento que estiver fazendo, evitando surpresas desagradáveis.
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Fontes:
https://doutormultas.com.br/dirigir-efeito-medicamentos-cuidados/
http://www.transportabrasil.com.br/2013/05/medicamentos-que-interferem-na-direcao-veicular/
Fonte: Doutor Multas