“Não falta kits para testes rápidos para diagnóstico de dengue nos hospitais do DF”, afirma Secretário de Saúde



Por Kleber Karpov

20160127172812Embora o DF registre 562 casos confirmados de dengue no Distrito Federal,  desses, 75 de outros estados, de acordo com dados de informativo epidemiológico divulgado na quarta-feira (27/Jan) apurados em 25 janeiro pela Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), a secretaria afirma que o estoque de kits para realização e testes rápidos para que se possa diagnosticar a presença do vírus da dengue está normal nos hospitais do DF.

A afirmação é do secretário de Estado de Saúde do DF, Fábio Gondim, que conversou com Política Distrital sobre as ações efetivas realizadas pela SES-DF para combater o Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Segundo Gondim, as unidades de Saúde contam com estoque de aproximadamente 3.800 kits de testes rápidos para detecção do vírus da dengue. “Hoje [27/jan],  nós temos 3.787 kits distribuídos nas sete regiões de Saúde do DF. Portanto, não há falta de kits para testes rápidos para diagnóstico de dengue nos hospitais do DF.”, afirmou.

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Estoque é suficiente?

De acordo com o Secretário, o estoque disponível nas unidades de saúde são suficientes até que haja o reabastecimento por parte da Secretaria. “O estoque foi adquirido de modo a garantir que haja reagente até que o estoque regular seja regularizado em toda rede. A aquisição do estoque regular está fase final de aquisição, de modo que não faltará reagente nas unidades de saúde.”, disse.

Ações da  Saúde

Militares do Exército em inspeções domiciliares em Brazlândia - Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília
Militares do Exército em inspeções domiciliares em Brazlândia – Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

De acordo com Gondim, o GDF tem tomado uma série de iniciativas e conta com uma força-tarefa para combater a proliferação do Aedes Aegypti: “Nós mobilizamos, além de profissionais da vigilância ambiental da Secretaria de Saúde,  militares da Marinha, Exército e Aeronáutica; servidores da secretaria de Agricultura, Defesa Civil, Agefis, SLU, Novacap, DER, Emater,  do Corpo e Bombeiros, todos imbuídos no combate a entrada e a permanência de vetores em todo o Distrito Federal.”.

O Secretário observou ainda que a SES-DF utiliza diversos recursos para disseminar o mosquito da dengue: “Nós estamos aplicando o tradicional fumacê; também o larvicida biológico [Bacillus thuringiensis israelenses], um bacilo colocado na água para combater as larvas, alevinos de lambari de cauda amarela, enfim, utilizamos de todos os recursos disponíveis para combater seja a larva ou o mosquito transmissor do vírus da dengue, que também é transmissor da zika e da chikungunya.

Abrindo portas fechadas

Gondim lembrou ainda a recente assinatura do  Decreto nº 37.078, de 25 de janeiro de 2016, pelo governador, Rodrigo Rollemberg (PSB), para garantir o acesso a imóveis que estejam fechadas ou que haja recursa por parte do proprietário para se fazer a inspeção dos agentes públicos.  “O Decreto assinado pelo Governador [Rollemberg] é um instrumento em que poderemos requerer, se for o caso, a emissão de alvará judicial de modo a permitir o acesso dos agentes públicos em imóveis fechados, vazios e até nos casos em que haja resistência para adentrar o imóvel.”, afirmou o Secretário.

Brazlândia I

O Secretário de Saúde falou também da intensificação de combate a dengue em Região Administrativa (RA) de Brazlândia, com maior número de casos confirmados de dengue neste início de 2016. Na cidade 100 casos foram registrados nesse ano, contra três em 2015. Isso representa uma variação de 3233%, de acordo com dados do informe epidemiológico nº 3, da SES-DF.  O relatório aponta ainda que as RAs de Ceilândia e Planaltina ocupam a segunda e terceira posição, com 22 e 21 casos registrados em 2016.

Brazlândia II

O caso desperta a atenção de autoridades e da população com a morte da enfermeira, Maria Cristina Natal Santana. Ex-diretora de Atenção Primária a Saúde do Hospital Regional de Brazlândia (HRBz), Maria Cristina que era cunhada do vice-governador do DF, Renato Santana (PSD), morreu em consequência de dengue hemorrágica.  Para Gondim: “É lamentável a perda da servidora Maria Cristina, conselheira do Conselho de Saúde do DF, que atuava justamente no combate  a doenças como a dengue.”, lamentou Gondim.

Atualização: 28/01/2016 às 11h34



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